Justiça só vale para senzala, critica Taques sobre STF
Ex-procurador da República e candidato ao Senado, Pedro Taques (PDT), criticou, em entrevista à Rádio CBN Cuiabá, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello que permitiu o retorno dos 10 magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) afastados do cargo em fevereiro passado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Para o pedetista, “a Justiça só vale para quem mora na senzala e não para a Casa Grande”.
Taques aponta ainda como fator negativo a punição de aposentadoria compulsória, que, segundo ele, não condiz com pena, já que os três desembargadores e os sete juízes mesmo afastados continuariam recebendo salário vitalício. “Para disputar eleição tive que pedir exoneração do cargo, cargo este que conquistei mediante concurso público”, exemplificou.
Perguntando sobre as críticas que sempre fez à classe política, o pedetista alega que sempre se posicionou contrário aos políticos que se servem da política, mas que é impossível viver sem política e, por isso, decidiu deixar o cargo de procurador da República, o qual exercia há 15 anos, porque estava cansado de ver a mesmice na política.
Taques defendeu a doação de campanha por parte de pessoa física e se diz contra aos altos financiamentos feitos por empresários. Aproveitou a oportunidade para pedir que os ouvintes entrassem no site de campanha dele e efetuar a doação em qualquer valor. “Não quero ter rabo preso com nenhuma empresa”, declarou.
Com discurso do “novo”, o ex-procurador da República, que disputa cargo eletivo pela primeira vez, concorrerá a uma das duas vagas no Senado com o ex-governador Blairo Maggi (PR), bem como com Antero Paes de Barros (PSDB) e deputado federal Carlos Abicalil (PT). Também pleiteiam as cadeiras o Procurador Mauro do PSOL e o senador Jorge Yanai (DEM), primeiro-suplente do licenciado Gilberto Goellner, também do DEM.
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