O ex-governador Blairo Maggi (PR) e candidato a senador por Mato Grosso já desembolsou R$ 745 mil para a disputa eleitoral deste ano
Blairo Maggi foi o que mais doou à campanha
O ex-governador do Estado Blairo Maggi (PR) ocupa o primeiro lugar da lista dos candidatos ao Senado nas eleições de 2010 que mais arrecadaram recursos até agora. Na primeira parcial de gastos de campanha, divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a doação de campanha é de R$ 745,1 mil, sendo que R$ 640 mil é do próprio bolso do postulante. Curiosamente, a escala de doações segue as pesquisas eleitorais. Segundo colocado nos estudos, Antero Paes de Barros (PSDB), é o próximo do ranking, com doações de R$ 369,750 mil. Carlos Abicalil (PT) ocupa o terceiro lugar, com recursos de R$ 127 mil.
Maggi estimou gastar R$ 15 milhões na campanha. Carlos Abicalil declarou o mesmo montante. Antero Paes de Barros projeta R$ 7 milhões. Valor idêntico foi previsto por Jorge Yanai (DEM). O ex-procurador da República, Pedro Taques, estima gastos de até R$ 6 milhões. Mauro César Lara de Barros (PSOL) prevê custos de até R$ 1 milhão. Todos concorrem ao Senado.
A maior fatia de recursos de Antero, no valor de R$ 359,750, vem de doação de empresas. Na parcial de gastos de Abicalil consta que R$ 100 mil é oriundo de “outros candidatos ou comitê”. Maggi também conta com doação no valor de R$ 105,100 mil de empresas. Antero aplicou até agora do seu patrimônio, R$ 5 mil. Enquanto que Abicalil doou para sua campanha R$ 14 mil.
Pedro Taques (PDT) declarou recursos da ordem de R$ 60 mil. O valor tem origem na doação de empresas. Candidato do DEM, Jorge Yanai declarou doação de R$ 55 mil. O valor de R$ 45 mil tem origem de pessoa física. Ele também doou do seu bolso o montante de R$ 10 mil. Aluízio Leite (PV) apresentou parcial de gastos de campanha sem registro de valores. A candidatura de Leite foi substituída por Naildo Lopes, que teve o registro de candidatura rejeitado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Alguns candidatos optam por não registrar valores em parciais, deixando para a final do balanço a projeção da contabilidade.
No entanto, correm risco de receber “ressalvas” nas contas devido a falta de detalhamento da evolução financeira. As parciais de gastos de campanha são instrumentos da Justiça Eleitoral para melhorar o acompanhamento dos recursos empregados na disputa, servindo também de comparativos na ordem dos registros. O balanço também se torna mecanismo de transparência, podendo ser acompanhado pelo eleitor através do sistema disponibilizado pelo TSE.
A parcial do candidato Blairo Maggi também chama a atenção pelo valor das despesas modestas até o momento, totalizando R$ 45,700 mil. O maior gasto do candidato foi com o pagamento no valor de R$ 28 mil com publicidade. O adversário, Antero Paes de Barros, teve despesas da ordem de R$ 173,728 mil. Ele gastou R$ 100 mil com produção de vinheta, jingles e slogans. Ele também aplicou, entre os maiores gastos, o valor de R$ 35 mil na produção de programas de rádio, televisão ou vídeo.
Abicalil declarou despesas total de 491,903, sendo que R$ 330 mil foi utilizado para pagamento de serviços prestados por terceiros. O candidato também registrou o valor de R$ 66,9 mil para pagamento de publicidade, marketing e material impresso. Ele também gastou R$ 36 mil com cessão ou locação de veículos. Pedro Taques contabilizou R$ gastos de R$ 43 mil, sendo que 40 mil foi para pagamento de publicidade e material impresso.
Jorge Yanai gastou R$ 68,933 mil. Ele utilizou R$ 45 mil para pagamento de serviços prestados por terceiros. Não constava no site do TSE, até a manhã do sábado, a parcial de gastos de campanha do candidato ao Senado pelo PSOL, Mauro César Lara de Barros.
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