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Internacional
Sábado - 07 de Agosto de 2010 às 22:19

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O recém-empossado presidente colombiano, Juan Manuel Santos, anunciou neste sábado sua disposição em restabelecer as relações com a Venezuela e com o Equador, desestimando a participação de eventuais mediadores.

A Colômbia está disposta "a reconstruir as relações com Venezuela e Equador, e a restabelecer a confiança, privilegiando a diplomacia e a prudência", declarou Santos ao término de seu primeiro discurso, após prestar juramento como novo presidente de sua nação.

Santos pronunciou-se dessa forma sobre o recente conflito com Caracas, que rompeu as relações com Bogotá em 22 de julho após Hugo Chávez ser acusado de abrigar e tolerar guerrilheiros em seu território, o que foi repudiado pelo líder venezuelano.

"A palavra guerra não faz parte de meu dicionário (...). Queremos viver em paz com todos os vizinhos, os respeitaremos para que nos respeitem", continuou o mandatário eleito.

A mensagem foi claramente destinada ainda ao Equador, cujo presidente, Rafael Correa --presente na cerimônia de posse de Santos--, anunciou o rompimento dos vínculos com a Colômbia em 2008, depois que seu país foi invadido por efetivos colombianos que realizavam uma operação contra as Farc. A ação deixou 26 mortos e uma aproximação foi iniciada apenas no fim de 2009.

"Agradeço as pessoas de boa vontade que se ofereceram a mediar, mas devo dizer que prefiro o diálogo direto, e que o diálogo ocorra o antes possível, que seja um diálogo com respeito, e de firmeza contra a criminalidade", complementou, em uma implícita resposta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Néstor Kirchner, secretário-geral da Unasul (União das Nações Sul-Americanas).

Lula e Kirchner buscam promover, com o aval de Chávez, a retomada dos vínculos com o novo governo da Colômbia. Antes da cerimônia deste sábado, afirmava-se que o brasileiro levaria uma proposta do venezuelano a Santos.

VIOLÊNCIA

Ainda em seu discurso, que durou 57 minutos, Santos prometeu continuar "combatendo sem trégua [o terrorismo], não descansarei até que impere o Estado de Direito em todo o território colombiano, trabalharei para consolidar a segurança democrática".

"Avançamos, mas ainda há um longo caminho a percorrer, peço às Forças Armadas que continuem dando resultados e produzindo avanços", continuou o mandatário, reiterando que "a porta do diálogo não está fechada".

Santos declarou que não irá "alimentar falsas esperanças", mas seu governo está disposto a dialogar, desde que estas conversações "busquem a erradicação da violência, a renúncia às armas, ao sequestro, ao narcotráfico e a intimidação".

Ele iniciou suas declarações prometendo uma "Colômbia pacífica" e "harmoniosa", além de defender uma democracia com "uma imprensa livre" e uma oposição "séria", com unidade entre "empresários e cidadãos".

O presidente colombiano assumiu hoje a Presidência de seu país ao prestar juramente perante "a Pátria e a Deus". O ato foi iniciado pouco depois das 15h40 locais (17h40 no horário de Brasília) na Praça Bolívar, no centro de Bogotá, sob fortes medidas de segurança e com a participação de diversos líderes da região. 





Fonte: Ansa

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