Mantega defende papel do BNDES e considera críticas infundadas
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, rebateu nesta sexta-feira críticas à política de utilização dos recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) "The Economist".
Em reportagem publicada pela revista britânica nesta sexta-feira, a revista diz que o BNDES precisa de mais transparência e competição.
Mantega se disse a favor do manifesto publicado em jornais ontem (5) por entidades empresariais, que defenderam o papel do banco para minimizar os efeitos da crise econômica ao longo do ano passado.
"Não sei porque resolveram criticar o BNDES, mas a resposta está aí, com esse manifesto de vários empresários", disse o ministro após participar de inauguração da nova linha de produção da Casa da Moeda, no Rio.
Segundo Mantega, o BNDES foi um dos principais instrumentos para que o setor privado reagisse aos efeitos da crise. Ele acrescentou que o banco de fomento concedeu crédito a mais de 400 mil empresas.
"Não é verdade que foi para uma ou duas, como andaram dizendo por aí".
Ele classificou a crítica da revista como "infundada". Mantega afirmou que o banco apresenta dados mensais a respeito do volume que é liberado.
"É claro que não se pode dizer para quem emprestou exatamente, nenhum banco faz isso. Mas existe perfeita transparência no BNDES. Quem fala isso, está mal informado".
Segundo a revista, os críticos levantam três pontos principais: em primeiro lugar, o banco cresceu demais e neste ano deve financiar 40% de todos os investimentos em infraestrutura e manufatura no Brasil.
Além disso, seus empréstimos são subsidiados e as contas "turvas". "Ninguém sabe ao certo o valor do subsídio, mas, como um guia, o BNDES empresta a uma taxa de 6%, muito abaixo dos títulos do governo com prazo de 10 anos, que garantem uma taxa de 12%."
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