A pena para esse tipo de crime vai de oito a 15 anos de prisão.
Médico fez cinco vítimas, mas responderá por apenas um crime

O delegado Sérgio Ribeiro concluiu as investigações do caso envolvendo o médico ortopedista Célio Eiji Tobisawa, 43 anos, preso no dia 27 de julho por sedar e fazer sexo oral com pacientes homens. De acordo com o delegado por causa de uma circunstância legal, o ortopedista fez cinco vítimas, mas responderá apenas por um crime.

Ribeiro explica que houve uma alteração no Artigo 225 do código penal no dia sete de agosto de 2009, o que beneficiou o acusado, já que quatro crimes foram cometidos antes da data de alteração da lei. Sendo assim Tobisawa responderá apenas por um dos crimes. Ele é acusado de estupro de vulnerável (pena de oito a 15 anos de detenção) e desvio de função.

Segundo o delegado, em depoimento, um rapaz disse ter acordado durante o procedimento e ter visto o médico se masturbando, mas como estava sedado acabou desmaiando e acordou novamente com o ortopedista beijando sua barriga. A vítima teria tentado reagir mas devido ao efeito do sedativo não conseguiu.

Em outro caso a mãe de um dos pacientes estranhou a demora no atendimento e entrou no consultório sem avisar. Ela disse ao delegado que chegou a ver o médico debruçado sobre as pernas do filho, mas não presenciou o ato.

Os abusos aconteciam no Hospital Regional de Colíder (650 km de Cuiabá), onde o médico trabalhava. As vítimas são homens com idade entre 20 e 25 anos e possuem aparências semelhantes: jovens altos, loiros e de olhos azuis. A prática do sexo oral ocorria após o médico realizar o procedimento de infiltração e aplicar o sedativo.

As investigações começaram a um mês e a denúncia surgiu por uma das vítimas que tentou impedir o ato praticado por Célio Eiji e, no momento, chegou até mesmo ser agredida por ele. Além de atender em Colíder o ortopedista tem uma clínica particular em Cuiabá.