Prefeitos de Diamantino e Barra do Bugres "trocam" Mendes por Silval

O governador Silval Barbosa (PMDB) convocou uma coletiva nesta sexta (6) para anunciar o apoio de dois prefeitos ligados à oposição ao seu projeto de reeleição. O primeiro é Wilson Francelino de Oliveira (PDT), que comanda Barra do Bugres. Já o segundo é Erival Capistrano (PDT), de Diamantino. Ambos fazem parte da coligação que dá sustentação à candidatura de Mauro Mendes (PSB). Além dos dois, o vereador Edson Sampaio, também de Diamantino, declarou que vai subir no palanque de Silval. Apesar disso, nenhum deles abre mão de apoiar Pedro Taques rumo ao Senado. Para a segunda cadeira, no entanto, vão pedir votos para Blairo Maggi (PR).

Silval tenta conseguir apoio de líderes ligados aos seus adversários Mauro Mendes e Wilson Santos (PSDB) numa tentativa de "amenizar" os impactos causados após uma verdadeira debandada de seu palanque. Algumas lideranças de cidades-pólo do Estado, como o prefeito de Primavera do Leste Getúlio Viana (PR), por exemplo, já declararam que não estarão ao lado do peemedebista rumo ao Palácio Paiaguás. O republicano decidiu apoiar Mendes mesmo com as ameaças da cúpula do partido sobre a possibilidade de ser enquadrado na lei de infidelidade partidária. Para recompor a base no município, Silval recorreu ao ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal Eraldo Fortes (ex-DEM) que, embora não tenha mandato, mantém boa base eleitoral e confronta o prefeito, que enfrenta alto índice de rejeição popular.

O prefeito de Canarana, Walter Farias (PR), assim como Getúlio, também já estaria ao lado de Mendes. O motivo para a resistência dos dois em apoiar Silval é uma briga com lideranças do PMDB. Além disso, os dois prefeitos são amigos de Mendes, que já foi do PR e hoje está no PSB. A posição deles seria influenciada pelo ex-presidente do PR, Moséis Sachetti, e até pelo diretor-presidente do Dnit Luiz Antônio Pagot, que nos bastidores supostamente faz campanha contra Silval. Oficialmente Pagot nega e diz que até sua família trabalha pela candidatura do peemedebista.

Já o candidato a deputado estadual Pedro Satélite (PPS), ligado à coligação de Mendes, diz que prefere ficar neutro. Mesmo assim, nos bastidores estaria apoiando Silval, já que antes das convenções, liderava um pequeno grupo membros do PPS que queriam compor aliança com o peemedebista.