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MT Eleições 2014
Sexta - 06 de Agosto de 2010 às 08:51
Por: Romilson Dourado

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Na busca pela reeleição, os deputados federais começam a brigar entre si, principalmente os dois republicanos Wellington Fagundes e Homero Pereira. Os maiores conflitos estão na aliança PR, PMDB e PT. Ao mesmo tempo que entendem que uma chapa forte ajuda no quociente eleitoral, que deve chegar a 200 mil votos por partido e/ou coligação, eles travam uma guerra por votação expressiva e, nesse caso, partem para o atropelo. Em meio às conspirações e acertos políticos, eles tentam mutuamente cooptar lideranças, que servem de alicerces para a campanha.

De forma precipitada, Wellington, que estava em campanha ao Senado até o início do ano, acabou transferindo parte de sua base eleitoral para Homero, especialmente das regiões Sul e Araguaia. Fariam campanha "casada". Depois que Blairo Maggi decidiu entrar na corrida para senador, sob indicação do próprio PR, Wellington reativou o projeto de reeleição na esperança de garantir o sexto mandato, mas parte do seu grupo já havia fechado com o ex-presidente da Federação da Agricultura (Famato). Agora, briga com Homero para reconquistar os velhos aliados.

Mesmo com grande estrutura de campanha, Wellington se mostra temeroso, pois pode ser "engolido" por outras candidaturas que demonstram maior consistência dentro da coligação proporcional que reune PR, PT e PMDB. Na legenda republicana, o nome de maior peso é do próprio Homero. Em 2006, ele foi o segundo mais votado, com 100.114 votos. Só perdeu para Carlos Abicalil (PT), que chegou a 128.851. Wellington obteve 78.215.

No PT, a briga está entre o deputado estadual Ságuas Moraes e a senadora Serys Marly. Se esta obtiver mais de 100 mil votos, assim como Ságuas, a agremiação petista pode "abocanhar" duas das quatro vagas previstas pela coligação, considerando o quociente eleitoral de 200 mil votos. Nesse caso, o PR só elegeria um. "Dançaria" Wellington ou Homero. No PMDB, toda campanha está sendo direcionada para o projeto de reeleição do cacique Carlos Bezerra, que no último pleito quase ficou de fora. Teve 75.365 votos. Corre por fora o evangélico da Assembleia de Deus Victório Galli, que "arrancou" 22.672 votos no pleito de 2006 e tem trazido preocupação a Bezerra.

Embora não admitam publicamente, os candidatos precisam "torrar" mais de R$ 3 milhões na campanha para garantir uma das oito cadeiras reservadas à representação mato-grossense na Câmara Federal. As despesas são variadas. Incluem, por exemplo, gastos com passagens aéreas e combustíveis para percorrer os municípios em busca de voto, confecção de material de campanha, contratação de equipes, de produtora e montagem de QG e contratação de cabos eleitorais.

Dos oito federais, somente Abicalil não tenta a reeleição. Pedro Henry está com registro indeferido e batalha na Justiça na expectativa de reverter a situação. Os demais querem continuar na Câmara. São eles Valtenir Pereira (PSB), os republicanos Wellington e Homero, Eliene Lima (PSB), Thelma de Oliveira (PSDB) e Bezerra.





Fonte: RD News

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