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Anvisa atesta que Estado é 4° entre os que menos descartam tecido ocular
MT tem um dos melhores aproveitamentos de córneas
Mato Grosso é o quarto estado no Brasil que menos descarta córneas. Com índice de descarte entre 27% e 29%, o Estado só fica atrás de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Pará, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
De um universo de 166 córneas captadas ano passado, o Estado transplantou 117 e descartou 49 gerando índice de 29% de descarte. A marca ficou bem abaixo do Ceará, por exemplo, que lidera o ranking. Dados da Agência apontaram que o estado nordestino jogou no lixo 81% do tecido captado em função de problemas de baixa qualidade da córnea.
A classificação dada ao tecido como imprópria para transplante se deve à sorologia do doador. Pessoas com hepatite B e C, além dos portadores do vírus HIV, não podem doar. De acordo com o Banco de Olhos de Mato Grosso, o problema que mais impede a doação no Estado está relacionado à presença do antígeno da hepatite. Não há números regionalizados, mas o Ministério da Saúde calcula que o Brasil possui 96.044 casos de hepatite B.
Se não bastasse a logística já complicada para a realização do procedimento, por falta de alvará sanitário, Mato Grosso ficou impedido de efetuar transplantes do tecido por um ano. O credenciamento de uma unidade de saúde só saiu em abril. De lá para cá, o Estado efetuou apenas 14 transplantes com a maior parte das córneas advinda de outros estados, já que também não podia fazer a captação do tecido. O imbróglio só foi resolvido no dia 14 de julho, quando o Ministério da Saúde credenciou o Banco de Olhos do Estado.
Se a eficiência no baixo descarte já foi comprovada, a Central Estadual de Transplantes precisa tirar da lista de espera outras 342 pessoas que ainda aguardam voltar a enxergar a vida com outros olhos. “Nós só captamos a córnea que não possui nenhuma contra-indicação”, revela a coordenadora do órgão, Fátima Melo.
A agilidade também se deve a uma parceria com o Instituto Médico Legal (IML). Vítimas de mortes violentas são as principais fontes do tecido. “A qualidade dessas córneas é bem superior que a de pessoas em hospitais, que podem estar com infecção”, revela. A córnea transplantada pode corrigir a perda de visão causada por traumas, queimaduras, herpes, distrofias, entre outros.
DEFICIÊNCIAS - Mato Grosso começou efetivamente a realizar transplantes há seis anos. Atualmente, só está apto a transplantar córneas. Pessoas que precisam de rim, pulmão, coração, fígado e medula óssea estão sendo transferidas para outros estados. Isso já ocorreu com 162 pacientes. Entre as deficiências, o Estado necessita de especialistas e hospitais que atendam às exigências do Ministério da Saúde. Só à espera do rim existem 642 mato-grossenses. Para dirimir o problema, o Estado planeja enviar 10 profissionais para capacitação em transplantes em outros estados. Uma equipe especializada em transplante de fígado ainda tenta credenciamento.
De um universo de 166 córneas captadas ano passado, o Estado transplantou 117 e descartou 49 gerando índice de 29% de descarte. A marca ficou bem abaixo do Ceará, por exemplo, que lidera o ranking. Dados da Agência apontaram que o estado nordestino jogou no lixo 81% do tecido captado em função de problemas de baixa qualidade da córnea.
A classificação dada ao tecido como imprópria para transplante se deve à sorologia do doador. Pessoas com hepatite B e C, além dos portadores do vírus HIV, não podem doar. De acordo com o Banco de Olhos de Mato Grosso, o problema que mais impede a doação no Estado está relacionado à presença do antígeno da hepatite. Não há números regionalizados, mas o Ministério da Saúde calcula que o Brasil possui 96.044 casos de hepatite B.
Se não bastasse a logística já complicada para a realização do procedimento, por falta de alvará sanitário, Mato Grosso ficou impedido de efetuar transplantes do tecido por um ano. O credenciamento de uma unidade de saúde só saiu em abril. De lá para cá, o Estado efetuou apenas 14 transplantes com a maior parte das córneas advinda de outros estados, já que também não podia fazer a captação do tecido. O imbróglio só foi resolvido no dia 14 de julho, quando o Ministério da Saúde credenciou o Banco de Olhos do Estado.
Se a eficiência no baixo descarte já foi comprovada, a Central Estadual de Transplantes precisa tirar da lista de espera outras 342 pessoas que ainda aguardam voltar a enxergar a vida com outros olhos. “Nós só captamos a córnea que não possui nenhuma contra-indicação”, revela a coordenadora do órgão, Fátima Melo.
A agilidade também se deve a uma parceria com o Instituto Médico Legal (IML). Vítimas de mortes violentas são as principais fontes do tecido. “A qualidade dessas córneas é bem superior que a de pessoas em hospitais, que podem estar com infecção”, revela. A córnea transplantada pode corrigir a perda de visão causada por traumas, queimaduras, herpes, distrofias, entre outros.
DEFICIÊNCIAS - Mato Grosso começou efetivamente a realizar transplantes há seis anos. Atualmente, só está apto a transplantar córneas. Pessoas que precisam de rim, pulmão, coração, fígado e medula óssea estão sendo transferidas para outros estados. Isso já ocorreu com 162 pacientes. Entre as deficiências, o Estado necessita de especialistas e hospitais que atendam às exigências do Ministério da Saúde. Só à espera do rim existem 642 mato-grossenses. Para dirimir o problema, o Estado planeja enviar 10 profissionais para capacitação em transplantes em outros estados. Uma equipe especializada em transplante de fígado ainda tenta credenciamento.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/120005/visualizar/
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