A prática ocorria em pacientes, do sexo masculino, durante procedimento médico, diz polícia
Nortão: polícia indicia médico por prática de estupro em pacientes
A Polícia Civil de Colíder (160 quilômetros de Sinop) indiciou o médico Célio Eiji Tobisawa pelo crime de estupro presumido em vulneráveis. O ortopedista, de 43 anos, foi preso no final do mês passado (em Cuiabá), por supostas práticas de estupro contra vulneráveis no Hospital Regional da primeira cidade. De acordo com as investigações, a prática ocorria em pacientes, do sexo masculino, durante procedimento médico. A acusação das vítimas, maioria de com idade de 20 a 30 anos, pele e olhos claros, é que foram abusadas, após serem sedadas.
Conforme a polícia, o médico praticava sexo oral nos homens enquanto estavam sob efeito de medicação. O delegado Sérgio Ribeiro Araújo, que presidiu o inquérito instaurado para apurar o caso, disse que outras pessoas também foram alvos da mesma prática. "No total, cinco pessoas se disseram violentadas pelo médico. Foram ouvidas várias testemunhas que comprovaram que ele praticava os atos após sedar os pacientes", declarou, ao Só Notícias.
Ainda segundo o delegado, a prática de estupro em vulneráveis enquadra-se na perspectiva da lei de número 12.015, de 7 de setembro de 2009. Isto é, se aplica a quem "pratica ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
"É o caso dos pacientes que estavam sedados no momento em que sofriam abuso sexual. Por isso estupro vulnerável", acrescentou a autoridade, afirmando ainda que o médico deverá responder somente pela prática de um crime (denunciado por um paciente) porque, segundo o delegado, "as outras quatro vítimas não denunciaram a tempo". "Tinham seis meses para denunciar após a data do fato", respaldou a autoridade.
O inquérito do caso foi concluído nesta quinta-feira e, agora, a Polícia Civil prepara-se para enviá-lo à Justiça de Colíder e em Cuiabá. Na capital, o documento deverá ser analisado pelo desembargador Juvenal Pereira da Silva, que relator do pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do médico, nos últimos dias. O magistrado negou a soltura, em caráter liminar, do ortopedista, detido desde o mês passado no anexo da Polinter, em Cuiabá.
Na época, o juiz solicitou mais informações em relação ao caso, antes de enviar o processo ao Ministério Público. O inquérito da investigação, preparado pela Polícia Civil de Colíder, deve chegar às mãos do magistrado nesta sexta-feira, prevê o delegado.
A denúncia contra o médico foi feita por um paciente. Ele procurou a polícia e registrou boletim de ocorrência. As informações originaram as investigações.
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