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MT Eleições 2014
Quinta - 05 de Agosto de 2010 às 09:40
Por: Romilson Dourado

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A exemplo dos casais Oliveira e Pinheiro em eleições passadas, os Bezerra e Guimarães mantiveram a tradição no pleito deste ano. O deputado estadual Wallace Guimarães, que trocou o DEM pelo PMDB, busca a reeleição e lançou a esposa Jaqueline para deputada federal pelo nanico PHS. Já o deputado federal Carlos Bezerra, cacique da legenda peemedebista, faz dobradinha com a esposa Teté, que concorre à deputada estadual. A família Dal Bosco, de Sinop, também tenta ampliar espaço na vida pública. O deputado Dilceu Dal Bosco (DEM) aceitou entrar na chapa como vice do tucano Wilson Santos na disputa ao governo estadual, com a condição do irmão Dilmar disputar vaga na Assembleia.

Não é de hoje que em Mato Grosso familiares tentam "abocanhar" cargos diferentes na mesma eleição. Bezerra foi senador com a esposa Teté na Câmara Federal. O então senador Jonas Pinheiro (já falecido) fez igual com Celcita Pinheiro. O ex-governador Dante de Oliveira (já falecido) foi quem "elegeu" a esposa Thelma deputada federal. Agora, ela busca o terceiro mandato na Câmara. Percival Muniz foi prefeito de Rondonópolis, enquanto a esposa Ana Carlos Muniz ocupou cadeira na Assembleia, embora por poucos meses.

Esse tipo de dobradinha eleitoral de casais e de irmãos provoca crise nos partidos e coligações. No PMDB, por exemplo, os candidatos proporcionais estão na bronca com Bezerra porque este, enquanto presidente da legenda, prioriza o nome de Teté em detrimento dos demais. Na hora de montar estrutura, de "investir" recursos oriundos do próprio partido e de definir tempo do horário eleitoral, dar ênfase nos discursos em palanque e nas reuniões, Teté vem sempre em primeiro lugar. Ademais, outros nomes que poderiam estar no páreo se viram forçados a recuar para apoiá-la. Por conta disso, ela se transformou em espécie de "puxadora" de votos de um partido que conta como principais concorrentes os deputados Adalto de Freitas e Nilson Santos e o ex-secretário Baiano Filho.

No caso de Wallace, a entrada de sua esposa Jaqueline é mais uma estratégia para divulgar o PHS e cumprir a cota do universo de mulheres candidatas. O quociente eleitoral para a Câmara é de aproximadamente 200 mil votos por partido e/ou coligação. Jaqueline concorre por uma coligação que tem 6 partidos (PP, PHS, PTC, PRP e PTN), já que o PRB teve registro de seus candidatos cassados. Desse bloco, os nomes mais cotados são dos progressistas Eliene Lima, Roberto Dorner e Neri Geller. O deputado Pedro Henry, que detém maior visibilidade da coligação, teve registro indeferido e, se não conseguir reverter a situação junto ao TSE, ficará de fora da disputa.

Dilceu tenta transferir toda a sua estrutura e base eleitoral para o irmão Dilmar, que disputa cargo eletivo pela primeira vez. Para ele se eleger na coligação que reune PSDB e DEM, serão necessários aos menos 30 mil votos. Os mais cotados do grupo são os já deputados Guilherme Maluf (PSDB), Gilmar Fabris, Chica Nunes e José Domingos (os três do DEM) e ainda os tucanos Carlos Carlão e Carlos Avalone.





Fonte: RD News

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