Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quarta - 04 de Agosto de 2010 às 19:54

    Imprimir


O Ministério da Agricultura proibiu a Rigor Alimentos Ltda, BRF (Brasil Foods) e a Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata) de venderem carne de frango in natura congeladas e resfriadas. Em fiscalização, o órgão constatou que os produtos tinham água acima do permitido pela legislação. A medida afeta somente uma unidade da BRF.

Segundo o ministério, fiscais recolheram as amostras no comércio varejista de todo o país, para avaliação da quantidade de água resultante do descongelamento. Por lei, carcaças e cortes de aves podem ter até 6% de água depois de descongeladas.

As empresas serão agora submetidas ao regime especial de fiscalização, que determina análise de todo o estoque antes da liberação para o comércio. A liberação só ocorrerá depois que comprovarem a correção da irregularidade.

O governo informa ainda que se o consumidor detectar excesso de água na carne de ave congelada, pode denunciar o problema na ouvidoria do Ministério da Agricultura, pelo telefone 0800 7041995.

De acordo com o ministério, são recolhidas por ano mais de mil amostras para análise do percentual de água em carcaças de aves e em produtos vendidos no comércios. "Quando são detectadas irregularidades, os estabelecimentos, além de autuados e multados, podem passar pelo regime especial de fiscalização", diz em nota.

Desde 2007, 34 empresas já foram submetidas a esse regime, sendo oito somente neste ano.

OUTRO LADO

O diretor administrativo-financeiro da Rigor Alimentos Ltda, Carlos Lima, negou que a empresa comercialize produtos com água acima do permitido pela legislação.

Segundo Lima, as análises não constataram o excesso e a produção não foi interrompida após a fiscalização inicial do Ministério da Agricultura, em 15 de julho deste ano.

O diretor confirmou que a Rigor está submetida desde o mês passado ao regime especial de fiscalização. Ele diz não entender porque a empresa consta na lista até hoje.

A BRF (Brasil Foods) e a Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata) também negaram irregularidades em seus produtos.

Em notas oficiais, ambas contestaram as avaliações divulgadas pelo Ministério da Agricultura.

A Copacol, com sede em Cafelândia (PR), informou que nas vistorias realizadas entre 21 de julho e ontem "não foram constatadas irregularidades nas amostras das análises realizadas com relação à quantidade de água resultante do descongelamento dos produtos".

De acordo com a direção da empresa do Paraná, o comércio de carne de frango no Brasil e exterior foi mantido normalmente, "sem ter passado por qualquer tipo de interrupção."

A nota, assinada pelo diretor-presidente da Copacol, Emílio Gonçalves Mori, afirma também que "os resultados das análises certificam a Copacol como uma indústria apta a produzir alimentos, especializada e segura para atender com qualidade as demandas do mundo inteiro".

No comunicado enviado à imprensa, a BRF anunciou que apresentou recurso junto ao ministério para contestar o resultado da análise.

A empresa classificou a ação de "restrição temporária" que afetou apenas uma de suas unidades, além de garantir adotar "rígidos padrões de controle de qualidade em todas as suas linhas de produção". 






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/120167/visualizar/