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Internacional
Terça - 03 de Agosto de 2010 às 21:46

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Um audiência no Congresso discutiu nesta terça-feira a presença na comitiva do Irã que visitou o Brasil, em novembro passado, de um homem com supostas ligações com o terrorismo.

Esmail Ghaani acompanhou a delegação iraniana como membro da segurança do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Seu nome não constava na lista prévia enviada pelo país persa dos membros da comitiva que visitaram o Brasil. No desembarque, em Brasília, seu nome foi submetido a consulta às autoridades brasileiras, que autorizaram a sua entrada.

Segundo informaram hoje o chefe da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, e o diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Wilson Trezza, não havia nenhum impeditivo para a entrada de Ghaani no Brasil, pois o iraniano não é um procurado internacional.

A esvaziada audiência no Senado foi convocada por requerimento do deputado federal Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), que alega ligação de Esmail Ghaani com o terrorismo internacional e sustenta que sua entrada no país foi ilegal.

Segundo informou o diretor da Abin, toda a permanência da comitiva iraniana no Brasil, especialmente de Esmail Ghaani, foi monitorada por agentes do serviço secreto brasileiro.

"Não houve nada além da agenda oficial", disse.

ASILO A IRANIANA

Também hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a oferta de asilo à iraniana condenada à morte em seu país foi "mais humanitária" do que "formal", e reconheceu ter "um homem emocional".

"Primeiro, eu fico feliz que o ministro do Irã tenha percebido que eu sou um homem emocional. Eu sou muito emocional. Segundo, eu não fiz um pedido formal [de asilo à iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani]. Eu fiz um pedido mais humanitário", disse Lula durante a cúpula do Mercosul, na cidade argentina de San Juan.

O governo do Irã indicou nesta terça-feira que rejeitará a proposta do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva de conceder asilo político à Sakineh Mohammadi Ashtiani, 43, condenada à morte por adultério e suposto envolvimento na morte do marido, sugerindo ainda que o líder brasileiro é emotivo e desinformado.

A República Islâmica suspendeu a sentença por apedrejamento ainda na semana passada, mas Ashtiani ainda pode ser executada por enforcamento. 






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