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MT Eleições 2014
Terça - 03 de Agosto de 2010 às 08:41
Por: Ana Rosa Fagundes

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Na eleição deste ano Mato Grosso terá 155 mil eleitores a mais do que há quatro anos, quando Blairo Maggi (PR) foi reeleito governador. Em junho de 2006 o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrava 1.940.270 eleitores. Já em julho de 2010, o número saltou para 135.804.33.

Os dados representam um aumento de 8,07% no número de eleitorado mato-grossense em quatro anos. O aumento é maior do que a média nacional, de 7,8%. Em quatro anos os eleitores do Brasil cresceram em aproximadamente 9,8 milhões.

A cidade mato-grossense que registra o maior crescimento nas urnas é Lucas do Rio Verde. Nesses quatro anos, de 18.508 votantes, a cidade passou a 27.765 eleitores.

Lucas é seguida no aumento eleitoral por Nova Mutum (36%), Campos de Júlio (28%), Campo Verde (27%), Sapezal (25%), Nossa Senhora do Livramento (24%) e Nova Lacerda (24%).

A capital Cuiabá teve um crescimento de 8,5%, que nesse caso significa 30.496 eleitores. Ainda sim, Cuiabá é o maior colégio eleitoral de Mato Grosso, com mais de 379 mil votantes. O segundo maior, Várzea Grande, tem praticamente a metade, 165 mil.

O professor e cientista Político João Edison julga que a maior parte desse crescimento populacional e, consequentemente, eleitoral, foi em municípios conhecidos como “corredor da soja”, cidades que vivem do agronegócio.

Esse aumento de eleitorado se deve, de acordo com o João Edson, principalmente a transferência do título de eleitor de pessoas que já moravam aqui, vindas nas recentes ondas de migração e também aos jovens que alcançaram idade para votar.

Apesar do aumento populacional do estado, 42 cidades registraram redução de população e eleitorado nos últimos quatro anos. No sentido de que “cidades da soja” cresceram, João Edisom de Souza avalia que esses 155 mil eleitores, pelo menos a mais deles, irão beneficiar os candidatos do interior. Ele constata que a população do interior tem um preconceito com os políticos da Capital, enquanto os cuiabanos votam indiscriminadamente, tanto nos políticos da baixada cuiabana, quanto do interior.

“Há uma negação da população do interior para com os candidatos de Cuiabá, enquanto o povo de Cuiabá vota em todo mundo. Mas esse preconceito do pessoal no interior não é infundado, é reflexo do descaso com que foram tratados, sempre carecendo de saúde e infraestrutura”, explicou o professor.

Para que a política que representa a baixada cuiabana ganhe novos contornos e popularidade, João Edisom afirma que é preciso novos candidatos com novos discursos. “A baixada cuiabana não renova seus candidatos há mais de duas décadas. Aqui se faz política como no século passado, são os mesmos rostos de sempre ou então os mesmos sobrenomes, gerações querendo o poder. É por isso que Silval, mesmo sendo um político sem nenhuma expressividade, aparece bem nas pesquisas”, disse o professor.






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