Marina critica disputa de cargos enquanto "crianças são entregues à marginalidade"

A candidata fez a afirmação após ser questionada sobre reportagem da Folha que mostra que o ministro Guido Mantega (Fazenda) foi alvo de um dossiê.

O governo atribui o dossiê a uma ala do PT egressa do sindicalismo bancário. O material acusa a filha do ministro, Marina Mantega, de suposto tráfico de influência dentro do BB (Banco do Brasil). Ela nega a acusação.

O objetivo era fazer com que o ministro desistisse da nomeação de Paulo Caffarelli, vice-presidente do Banco do Brasil, para a presidência da Previ (fundo de pensão dos funcionários do banco).

Marina disse que não pôde acompanhar o caso com detalhes porque estava em viagem no fim de semana, visitando a comunidade do Coque, no Recife, em Pernambuco.

"Ali [Coque] eu pude ver que temos uma das mais fortes denúncias do que não deve ser a gestão pública, inclusive perder tempo com disputas de cargos quando nós temos crianças sendo entregues completamente à marginalidade, ao assassinato, ao descaso, ao esgoto a céu aberto", disse Marina.

RESÍDUOS

Marina Silva visitou, na manhã de hoje, o centro de reciclagem de resíduos eletrônicos da Itautec. Durante a visita, ele descartou seu notebook para que o equipamento fosse reciclado no local.

O candidato a vice dela, Guilherme Leal (PV), também descartou o seu notebook.

A candidata disse que a sua presença na fábrica era para chamar a atenção para a sanção da Lei de Resíduos Sólidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela destacou a sua participação no projeto quando era ministra.

"Essa lei começou a sua articulação em 2007, quando eu ainda estava no Ministério do Meio Ambiente. Integramos as várias iniciativas existentes no Congresso, atualizamos aquelas iniciativas e, em setembro de 2007, nós encaminhamos para o Congresso Nacional o projeto de lei."

Marina também disse que pretende, caso eleita, fazer uma reforma da segurança pública do país.