Nova técnica seleciona esperma de homens estéreis para fertilização in vitro
Um grupo de pesquisadores britânicos e americanos descobriu um método que seleciona os espermatozoides saudáveis de homens estéreis para serem usados como garantia em tratamentos de fertilização "in vitro", relatou nesta segunda-feira o jornal britânico "The Times".
A técnica localiza o sêmen que não é geneticamente danificado e, portanto, mais capaz de fertilizar os óvulos femininos. Essa identificação é realizada através de um corante de proteínas que envolve os espermatozoides defeituosos por sua habilidade de se acoplar ao DNA danificado, disse o jornal.
Escolhidos os melhores espermatozoides, eles são injetados no óvulos das mulheres mediante uma técnica de fertilização in vitro chamada injeção intracitoplasmática.
Os primeiros testes em pacientes para testar o método -desenvolvido por Dagan Wells, da Universidade de Oxford, e George Pieczenik, da Universidade de Rutgers- devem começar no ano que vem, depois que a equipe recebeu uma concessão do 120.000 libras (145.000 euros) do Laboratório Serono.
Se os testes com voluntários forem bem-sucedidos, o novo tratamento deve ajudar milhares de homens inférteis. "É difícil remover os espermatozoides com DNA fragmentado através de um microscópio, mas esta proteína pode distinguir o esperma danificado perfeitamente bem", disse Wells.
Depois de comprovar que não há risco de intoxicação na utilização dessa proteína, é preciso pedir autorização da Autoridade de Fertilização e Embriologia do Reino Unido para iniciar os testes com a técnica em tratamentos de fertilidade.
De acordo com Wells, a utilização dessa proteína é bem mais barata -não custa mais do que 100 libras (120 euros)- do que o custo do tratamento de fertilidade, que custa cerca de 4.000 libras (4.833 euros).
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