Avalone disputa AL, mesmo isolado no PSDB e sob efeito Pacenas
O empreiteiro Carlos Avalone enfrenta um verdadeiro drama em sua campanha por uma vaga de deputado estadual. Por causa de brigas internas com o candidato a senador Antero Paes de Barros e temor de desgaste político do concorrente ao Governo, ex-prefeito da Capital Wilson Santos, Avalone não tem participado, sequer, dos atos políticos, aqueles semelhantes a comícios, promovidos pelo PSDB. Todos da cúpula do tucanato tentam isolá-lo, sob argumento de que o "Efeito Pacenas" possa vir contaminar o grupo. O PSDB lançou 20 na corrida à cadeira na Assembleia. Avalone é um deles.
Mesmo contra a vontade do partido, Avalone se lançou à disputa eleitoral. Ele não comparece aos eventos, mas manda espalhar placas, santinhos e outros materiais de campanha para lembrar que "está firme" no páreo. Esta é a segunda vez que tenta espaço na Assembleia. Em 2006 concorreu, ficou como suplente e exerceu mandato por praticamente um ano, no lugar do titular Guilherme Maluf, que havia pedido licença para atuar como secretário de Saúde de Cuiabá.
De todo poderoso no governo Dante de Oliveira, que comandou o Estado de 1996 a 2002, Avalone, que foi secretário de Estado e financeiro das campanhas do então líder tucano, se vê hoje no olho do furacão, tudo por causa de duas operações policiais, uma por suposto caixa 2 na campanha envolvendo candidaturas majoritárias do PSDB e outra no ano passado, quando Avalone foi uma das 11 pessoas presas sob acusação de envolvimento em fraudes nas licitações das obras do PAC. Ele é ligado e foi sócio da construtora Três Irmãos, que faz parte do Consórcio Cuiabano, junto com a Gemini, Concremax, Encomind e Lúmen Engenharia. Como o inquérito foi arquivado, Avalone se vê mais livre para entrar no embate eleitoral. O problema é que socialmente e do ponto de vista eleitoral carrega carimbo negativo de sua imagem.
Avalone foi tesoureiro da campanha vitoriosa à reeleição de Dante em 98, secretário de Indústria, Comércio e Energia da gestão tucana e ainda concorreu, sem êxito, como primeiro-suplente da chapa de Dante ao Senado, em 2002. No pleito de 2006 teve 13.857 votos para deputado estadual. Agora, ele enfrenta duas disputas, uma dentro do PSDB por espaço e a outra para conquistar o eleitorado, de modo a atuar na Assembleia. Sua maior munição é a grande estrutura de campanha que montou.
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