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Segunda - 02 de Agosto de 2010 às 04:53
Por: Isa Souza

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O candidato ao Senado Blairo Maggi, que criticou promessas inexequíveis
O candidato ao Senado Blairo Maggi, que criticou promessas inexequíveis

O ex-governador e candidato ao Senado Blairo Maggi (PR) fez uma crítica aos candidatos ao Palácio Paiaguás que prometem realizações que, muito provavelmente, serão impossíveis de serem executadas. Sem citar nomes, ele disse que na maioria das vezes os candidatos fazem essas promessas inexequíveis sem maldade ou má fé. "É mais empolgação mesmo, em função do clima eleitoral", disse.

O importante, segundo ele, é que todos atentem para a realidade orçamentária de Mato Grosso. "Tem candidato que promete construir dez hospitais regionais, asfalto e tantas outras coisas. E não vai conseguir. O orçamento de 2011 já está pronto e dele o novo governador vai ter que dar conta de pagar os servidores, as dívidas do Estado com a União e, ainda, os repasses aos Poderes. O dinheiro já vem comprometido. O que vai sobrar para investimento? Algo em torno de 3% da receita corrente líquida. Então, não dá para prometer o céu e a terra", disse.

Comparações com Dante

Ao MidiaNews, Maggi também falou que a comparação de seu governo com o governo de Dante de Oliveira (PSDB), que alguns tucanos pretendem explorar, "é injusta" para o ex-governador já falecido.

"A gestão do Dante foi feita em cima de um orçamento que, hoje, corresponde a um terço do Orçamento. Eu não quero fazer comparativo com o governo de Dante, não é justo com ele, como não seria justo com Jayme ou Júlio Campos. Tanto não é justo querer comparar 10 anos para trás ou 10 para frente. Não faz sentido. Se quiserem comparar politicamente tudo bem, mas não é justo do ponto de vista financeiro (e o que isso possibilitou)", afirmou.

Entre 1995 e 2002, época em que Dante de Oliveira governou Mato Grosso, o orçamento era de R$ 4 bilhões anuais. Hoje, o Estado tem um orçamento de R$ 10 bilhões e, estão previstos para o próximo ano, R$ 11 bilhões.

Apesar da diferença orçamentária, Blairo defende que a eficiência no trabalho tem que acontecer independente do quanto o governador tem para gerir. "Eu tenho que ser eficiente com o orçamento que eu tiver, e Dante teve que ser eficiente com o orçamento dele. Agora, é claro que o governador pode ser mais ou menos eficiente. E, talvez com mais dinheiro, ele faça menos", ponderou.

Blairo ainda lembrou que o Governo só pode fazer aquilo que a população permite, através do pagamento de impostos. "Em Mato Grosso não há casas de moeda e se tomarmos dinheiro emprestado, teremos que pagar depois. É o tamanho da nossa economia que diz o que o Governo pode fazer".






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