TSE vai gastar R$ 450 milhões para implantar leitor biomético
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) estima que, daqui a oito anos, todos os eleitores brasileiros votem pelo sistema de identificação de digitais. A adaptação para o sistema biométrico deverá custar R$ 450 milhões, já que a média de gasto com a migração é de R$ 3 por eleitor. Em 2018, o TSE prevê que 150 milhões de brasileiros estejam aptos a votar.
Segundo o secretário de Tecnologia da Informação do tribunal, Giuseppe Janino, o gasto não é resultado da compra de novas urnas. Um terço das 450 mil usadas atualmente já tem o novo sistema e ele não é tão caro. "O valor vem do processo de recadastramento dos eleitores, que precisam adicionar suas impressões digitais e fotos ao banco de dados já existente na Justiça Eleitoral", explica.
Neste ano, os únicos estados que não terão votação biométrica são Mato Grosso, Roraima e o Amazonas, além do Distrito Federal.
"Os três Estados não conseguiram atender às exigências que fizemos: que o recadastramento fosse realizado em cidades pequenas que já precisassem passar pelo processo de revisão do eleitorado. Além disso, pedimos que o recadastramento atingisse 100% dos eleitores da cidade", afirma Janino.
No caso do Distrito Federal, a dificuldade foi a ausência de cidades pequenas para iniciar o processo de migração.
Os estados que terão mais municípios usando o novo sistema nas eleições deste ano são Alagoas e o Rio Grande do Norte, com 11 municípios participantes em cada, seguidos pelo Tocantins (sete), por Minas Gerais e Pernambuco (quatro em cada).
São Paulo, maior colégio eleitoral do país, só terá o sistema biométrico na cidade de Nuporanga, localizada a 400 quilômetros da capital.
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