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Sábado - 17 de Agosto de 2013 às 08:23

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O prefeito de Santo Antônio de Leverger, Valdir Ribeiro (PT), disse acreditar que seu vice, Valdirzinho do Posto (PDT), é o principal interessado em seu afastamento do comando do município. Para o petista, pode ter havido uma articulação entre o companheiro de chapa e os vereadores. 

Valdir foi afastado do cargo na última terça-feira (13) por decisão da Câmara Municipal, mas sequer chegou a ser notificado. Ingressou com uma ação judicial e teve o pedido acatado no dia seguinte. 

Segundo ele, a gestão municipal vive uma crise política que começou logo após assumir o mandato. “Apesar de ter ajudado na eleição ele [Valdirzinho] se ausentou da administração e essa ausência é marcante”, diz o prefeito, pontuando que nem mesmo em inaugurações de obras o vice tem comparecido. 

O prefeito ainda dá a entender que seu afastamento se deu apenas porque não teria cedido à pressão da Câmara em determinados aspectos, que ele, no entanto, não explica quais seriam. “Com o tempo outros interesses [dos vereadores] começaram a aparecer”, se limita a dizer. 

Apesar das acusações, ele confirma que não apresentou os balancetes mensais ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) pelo sistema Aplic. O fato foi apontado pela Câmara como o motivo do afastamento, que se daria por 90 dias para investigação dos indícios de irregularidades na transparência da prefeitura. 

Valdir, no entanto, alega que o atraso na apresentação dos dados se deu porque teve que apresentar a prestação de contas dos meses de outubro, novembro e dezembro, que não foram feitas pela gestão anterior. 

Já sobre o balancete das contas públicas a ser entregue à Câmara Municipal, o prefeito afirma ter até o fim do mês para entregar os documentos, segundo prazo regimental. 

A denúncia contra o prefeito foi feita por um ex-servidor municipal. Para o petista, a situação não precisava chegar a esse ponto, uma vez que Santo Antônio do Leverger enfrenta uma grave crise financeira. 

“Poderíamos ter resolvido isso com uma conversa”, diz Valdir, que garante que buscará chegar a um entendimento com a Câmara. 

Com orçamento de R$ 28 milhões para este ano, o prefeito alega que a prioridade é saldar as dívidas do município que somam mais de R$ 9 milhões em débitos, sendo R$ 3 milhões com o INSS; R$ 2,8 milhões com o FGTS; R$ 1,9 milhão em salários do ano passado - dos quais já foram quitados R$ 555 mil - e outras despesas que herdou de administrações anteriores. “Como o município está inadimplente, não conseguimos receber recursos federais”, explica. 

OUTRO LADO – A reportagem do Diário tentou contato por telefone com Valdirzinho do Posto, mas ele não retornou nem atendeu as ligações. (TA) 





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