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MT Eleições 2014
Sábado - 31 de Julho de 2010 às 10:29
Por: Romilson Dourado

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Se dependesse somente do apoio dos prefeitos, o governador Silval Barbosa (PMDB) seria reeleito com ampla vantagem. Embora tenha perdido adesão de dois a sua candidatura, o peemedebista conta com reforço de 102 dos 141 chefes do Executivo estadual. O respaldo de prefeitos à candidatura majoritária ganha peso importante porque, de um certo modo, acaba por arrebanhar eleitores nos municípios, principalmente servidores públicos.

Composta por 11 partidos (PMDB, PP, PR, PT, PRB, PTN, PSC, PHS, PTC, PRP e PC do B), a coligação pró-Silval perdeu dois prefeitos republicanos no decorrer da semana: Getúlio Viana, de Primavera do Leste, e Walter Farias, de Canarana. A maior repercussão veio com a decisão de Getúlio de pular para o barco do candidato Mauro Mendes (PSB). Para recompor a base no município, Silval recorreu ao ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal Eraldo Fortes (ex-DEM) que, embora não tenha mandato, mantem boa base eleitoral e confronta o prefeito, que enfrenta alto índice de rejeição popular. Getúlio alegou para a direção do PR que estava se sentindo isolado e não recebeu respaldo do partido nas brigas travadas com os vereadores, que até instauraram CPI contra a sua gestão. Por causa disso, optou, então, por se juntar a Mendes.

Com a força da máquina estatal, detentora de um orçamento próximo de R$ 9 bilhões por ano, com 22 secretarias, vários órgãos, empresas e autarquias espalhadas nos municípios e com cerca de 90 mil servidores, o governador Silval busca a reeleição com respaldo de prefeitos de partidos que estão em outras coligações, mas que, temendo pressão e até risco de cassação por causa da regra da fidelidade partidária, preferem trabalhar nos bastidores. Por outro lado, o candidato da situação sente na pele as ações de gestores que, publicamente anunciam que estão no palanque mas, nas conversas informais, pedem voto ou para Mendes ou para o ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB).

Dos 12 maiores municípios, em seis Silval tem prefeitos como cabos eleitorais, sendo eles de Várzea Grande, Barra do Garças, Sinop, Sorriso, Nova Mutum e Tangará da Serra. Mendes conta com três: Alta Floresta, Primavera do Leste e Lucas do Rio Verde. Wilson também possui três no palanque, que são os prefeitos de Cuiabá, Rondonópolis e Cáceres.

Os principais concorrentes ao Palácio Paiaguás entraram na fase de cooptação de lideranças. A debandada só não é maior por causa da decisão do TSE que, desde 2007, determina cassação do mandato de quem contrariar orientação partidária, sem justa causa. Silval garante que alguns prefeitos do PSDB e DEM, que apoiam Wilson, estão apoiando-o, assim como gestores do PPS e PDT, que oficialmente têm Mendes como candidato. Wilson, por sua vez, assegura que, apesar da pressão do Paiaguás, detém respaldo de prefeitos de siglas governistas. O mesmo discurso é usado por Mendes. A busca por apoio de lideranças é tanto que eles nem parece levar em consideração que o voto do eleitor, que é quem decide nas urnas, tem o mesmo "peso".





Fonte: RD News

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