Ministro do Esporte defende ação dura contra os cambistas
De acordo com Silva, a polícia deve ser firme e coibir a ação dos cambistas logo neste primeiro final de semana após a lei entrar em vigor.
"Será muito importante uma ação enérgica [contra os cambistas] logo no primeiro final de semana do novo código. Vamos ter muitos clássicos e espero que as polícias de cada estado consigam agir", comentou o ministro no programa "Arena", da SporTV.
Segundo o promotor Paulo Castilho, o esquema dos cambistas fora do estádio preocupa, mas não tanto quanto aquele que acontece dentro dos clubes e empresas responsáveis pelos ingressos.
"Nós nos preocupamos mais com representantes dos clubes ou das torcidas organizadas que vivem da superfaturação dos ingressos. É um esquema que precisa ser desarticulado, porque traz prejuízo para os próprios clubes. Eu conversei com o presidente Juvenal [Juvêncio, do São Paulo] e ele aprovou a medida, pois deve haver alta evasão de ingressos no Morumbi", comentou o promotor.
Segurança
Na entrevista, Silva também comentou sobre a medida que exige câmeras em cada estádio com capacidade superior a 10 mil torcedores --antes a lei valia apenas para as arenas com mais de 20 mil lugares.
"A eficiência destes sistemas, hoje, varia de estádio para estádio. Baixamos para 10 mil, porque existem muitos estádios com menos de 20 mil, mas ainda assim são importantes. A Vila Belmiro, por exemplo, tinha cerca de 15 mil torcedores na última quarta [final da Copa do Brasil]", afirmou.
Segundo o ministro, as novas medidas buscam tornar os estádios locais mais civilizados. "Quando um policial aparece armado no estádio, com roupa camuflada, parece que está indo para a guerra. E isso nos inspira um bordão criado pelos ingleses, "trate o torcedor como um animal e ele se comportará como um animal; trate-o como cidadão e ele se comportará como tal". Ou seja, temos que fazer com que o ambiente dos estádios seja propício para a vida civilizadas.
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