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Sexta - 30 de Julho de 2010 às 09:03
Por: Patrícia Sanches

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O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues, cobra ajuda do governador Silval Barbosa (PMDB) para por fim à greve dos servidores do Judiciário mato-grossense que já dura quase dois meses. Ele enfatiza que pelos documentos apresentados pelo presidente do Tribunal de Justiça, José Silvério Gomes, se não houver intervenção do governo estadual não há data para o término da paralisação dos mais de 5,5 mil servidores. “Pelo que senti, se o governo não ajudar, o TJ não vai poder conceder as reivindicações dos servidores. Estamos aguardando a formalização de uma nova proposta para que seja debatida em assembleia”, ressaltou Rosenwal.

Ainda conforme ele, apenas 30% dos servidores trabalham. Eles mantêm apenas os serviços essenciais do Judiciário, como cumprimento de mandados referentes à atendimento médico, com risco de morte ao paciente, e dos alvarás de soltura.Assim, praticamente todos os trabalhos do Poder Judiciário estão paralisados, o que tem causado grandes prejuízos ao trâmite de processos no Estado. Nesta semana, após assembleia-geral, os grevistas recusaram a proposta de Silval. Eles não aceitaram receber o pagamento das diferenças salariais, provenientes da mudança da URV para o Real por meio de carta de crédito, conforme foi proposto por Silval. Argumentam que este tipo de pagamento não oferece as garantias necessárias para os servidores, tendo em vista que eles não sabem quando e como essas cartas vão ser quitadas.

Além disso, os servidores cobram o pagamento de auxílio-alimentação no valor de R$ 400 e não concordam com a manuitenção da carga horária, de 7 horas corridas (12h às 19h). “Eu acho que os servidores já flexibilizaram muito as reivindicações. Agora só nos resta aguardar a formalização de uma nova proposta”, disse Rosenwal.

Desde que a manifestação começou, os cerca de 5,5 mil servidores já fizeram várias cobranças para que o presidente do TJ, José Silvério Gomes, faça a revisão salarial referente às perdas acumuladas durante a conversão da moeda brasileira em Unidade Real de Valor (URV). Para quitar o débito, Silvério estima que serão necessários aproximadamente R$ 200 milhões. Os servidores cobram ainda o pagamento de salário família e a promoção salarial de oficiais de Justiça com ensino médio como se tivessem curso superior. A “queda de braço” é grande e os grevistas acreditam que apenas com uma intervenção federal conseguirão os benefícios reivindicados.





Fonte: RD News

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