Os principais candidatos que disputam o governo do Estado ainda não colocaram os cabos eleitorais à procura de votos nas vias centrais
Campanha eleitoral em MT é tímida nas ruas
A 65 dias da eleição majoritária, os principais candidatos ao governo do Estado - o governador Silval Barbosa (PMDB), o ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) e o empresário Mauro Mendes (PSB) - ainda não colocaram suas campanhas nas ruas.
Em Cuiabá, maior colégio eleitoral do Estado, a mobilização nem de longe mostra a proximidade de um pleito geral. Os candidatos andam reservados, sem esboçar qual será a estratégia para minar os adversários. Por enquanto, eles têm se dedicado a reuniões de bairros e com lideranças em locais fechados.
As visitas ao interior também têm se restringido a eventos fechados. Bandeiras nas ruas não são vistas. São poucos os cabos eleitorais distribuindo os tradicionais santinhos, neste caso, a pequena movimentação fica por conta dos candidatos proporcionais. A economia neste primeiro momento pode representar uma estratégia para resguardar o fôlego para a reta final da campanha.
A cada ano a campanha tem se tornado mais curta, o que não representa menos gastos. Já que a cada eleição os montantes previstos para custear uma campanha são mais elevados. Este ano os custos aumentaram em 141% se comparando com as três maiores candidaturas que disputaram o governo de Mato Grosso em 2006.
Na campanha anterior, Blairo Maggi, Antero Paes de Barros e Serys Slhessarenko estimaram gastos que somavam R$ 24 milhões. Este ano, as campanhas Silval, Wilson e Mauro estimam despesas de R$ 68 milhões.
A falta de material de campanha nas ruas – apesar da poluição visual – mostra que os candidatos estão gradativamente se preparando para a investida adversária. Todos os três postulantes também apostam no crescimento eleitoral a partir do início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, que começa no dia 17 de agosto e se estende até 30 de setembro.
Considerado o ápice do processo, o horário eleitoral promete ser este ano mais uma vez a vedete desta campanha. Além dos candidatos ao governo, os candidatos ao Senado também ainda não colocaram efetivamente seus blocos nas ruas, embora a disputa para este cargo prometa ser mais acirrada.
O termômetro da atual campanha está sendo medida nas reuniões nos bairros periféricos ou nos encontros patrocinados pelos “admiradores” dos candidatos majoritários. Nestes locais a disputa mostra vigor com a distribuição de panfletos com o currículo e propostas dos políticos, além da colagem das chamadas “praguinhas” – tipo de adesivo que cola em roupas -.
Ainda é pouca a quantidade de carros se movimentando com adesivos de candidatos majoritários ou mesmo envelopados – denominação dada aos veículos que estão cobertos pela propaganda de candidatos.
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