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Agronegócios
Sexta - 30 de Julho de 2010 às 07:49
Por: Marcondes Maciel

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) autorizou este ano o plantio de 250 hectares de soja durante o período do vazio sanitário em Mato Grosso. O plantio, entretanto, só poderá ser feito para fins de pesquisa científica. Durante o vazio sanitário, que começou no último dia 15 de junho e se estende até 15 de setembro, é proibido o cultivo de soja em escala comercial ou para produção de sementes. O objetivo é evitar a sobrevivência do fungo causador ferrugem asiática da soja durante a entressafra.

Segundo o responsável pelo Programa de Prevenção e Controle da Ferrugem Asiática da Soja do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea/MT), Ronaldo Medeiros, 13 áreas de plantio foram autorizados este ano. As áreas localizam-se nos municípios de Sinop, Itiquira, Dom Aquino, Sorriso, Lucas, Primavera do Leste, Rondonópolis, todos com “ferrugem zero”. No ano passado, o Mapa autorizou 12 áreas de plantio durante o período do vazio sanitário no Estado.

Medeiros informou que deste o início do período, fiscais do Indea estão visitando propriedades. Até agora não foram registradas irregularidades nas áreas autorizadas de plantio para fins científicos. Segundo ele, a severidade da ferrugem asiática da soja, em relação ao ano passado, é bem menor e “tudo indica que Mato Grosso terá um número menor de casos”.

Ele explicou que os plantios para fins de pesquisa também ficam sujeitos à fiscalização. “Caso as áreas não respeitem os padrões de conformidade (ferrugem zero), serão sumariamente destruídas pela fiscalização”, esclareceu.

O objetivo da pesquisa neste período de proibição de plantio é o melhoramento genético, avanço das variedades, avaliação de outras doenças - como nematóide de galha, cancro da haste e nematóide de cisto - e multiplicação de sementes genéticas.

Entidades de pesquisa formalizaram parcerias para fazer o monitoramento e avaliação do comportamento da ferrugem asiática no período da entressafra. Foram selecionados diversos municípios.

Os pesquisadores querem obter mais detalhes sobre a doença durante o período do vazio sanitário. “Se chegarmos à conclusão de que em determinada região a ferrugem fica viva por mais tempo ou plantas de tigüera morrem antes, poderemos passar informações mais precisas e orientar o produtor a fazer um melhor monitoramento da lavoura”. A informação do foco da doença, também previsto na legislação, estabelece que o sojicultor e o responsável técnico sejam “solidários” na responsabilidade de informar ao Indea/MT sobre o aparecimento de focos da ferrugem da soja em propriedades rurais.






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