Candidatos do PR insatisfeitos com "estrutura de penúria"
Os candidatos a deputado estadual do Partido da República (PR), em reunião realizada ontem, não esconderam a insatisfação com a estrutura disponibilzada pela cúpula da agremiação e pela coligação encabeçada pelo governador Silval Barbosa (PMDB) e, alguns mais radicais, ameaçam recuar da disputa.
"Tem companheiro sem quota de gasolina e alguns nem carro tem para fazer campanha. A situação é de penúria e do jeito que está não dá pra ficar. É ridículo, simplesmente", admitiu um líder republicano, ao reconhecer que "o quadro é complicado".
Em verdade, segundo apurou o Olhar Direto, os candidatos avaliam que o jogo é desigual em demasia, fato que torna a adversidade dramática para a maior parte dos candidatos da sigla republicana.
Em síntese, o partido tem os tradicionais "ricos puxadores de voto" (João Malheiros, Mauro Savi, Sérgio Ricardo e Sebastião Resende), que já são deputados, e as chances de renovação ficam reduzidíssimas. A probabilidade da baixa renovação é proporcional à redução da bancada do PR na Assembléia Legislativa, por conta da estrutura frágil concedida, sobretudo, para os líderes do interior.
"Vamos assistir nossa bancada minguar", ressalva outro líder do PR ouvido pela reportagem, reforçando que a "insatisfação é generalizada em vários aspectos". "Não podemos ter candidatos extremamente abastados, capitalizados e outros paupérrimos, dependentes de uma estrutura capenga. De que adianta um candidato receber santinhos se sequer tem como distribui-los", questionou a mesma fonte.
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