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Quinta - 29 de Julho de 2010 às 13:16
Por: Thalita Araújo

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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB-MT), Cláudio Stábile, afirmou que a greve dos servidores do Judiciário mato-grossense, que já dura três meses, “é resultado de falhas históricas nas gestões do Tribunal de Justiça de Estado”.

A declaração foi dada nesta quinta-feira (29) durante entrevista ao programa Cidade Independente (Rádio Cidade 94,3 FM). O presidente da OAB-MT pondera que, em sua grande maioria, a Justiça estadual é composta por magistrados que desempenham suas funções de maneira correta, mas acaba manchada por alguns que seguem caminhos diferentes.

Como exemplo, Stábile cita o caso em que dez magistrados do TJ-MT foram aposentados compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em fevereiro deste ano, por esquema de desvio de recursos.

“Se as últimas gestões do TJ tivessem sido corretas, haveria dinheiro suficiente na intituição para atender às reivindicações dos servidores. Há alguns anos dinheiro em caixa não era problema, sempre havia”, diz Stábile.

O presidente da OAB pondera que, apesar de concordar com todas as demandas dos servidores grevistas, não está de acordo com a extensa greve. “Greve numa instituição pública não recai sobre o patrão, como em uma empresa privada, mas acaba ferindo a população, que fica sem os serviços”, analisa.

As principais reivindicações dos 5,3 mil servidores é a instituição de auxílio alimentação, fixado em R$ 500, e o cumprimento da Resolução 48 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que trata da elevação do oficial de Justiça para carreira de nível superior em Direito. A categoria pede ainda o pagamento dos vencimentos referentes à mudança de Unidade Real de Valor (URV).






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