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Nacional
Quinta - 29 de Julho de 2010 às 11:31
Por: Alex Araújo

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O goleiro Bruno raspou a cabeça no presídio, de acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Minas Gerais. Bruno pediu para cortar o cabelo na penitenciaria. De acordo com as informações, ele fez um primeiro corte com máquina com pente 3 (que deixa o cabelo com 10 milímetros de comprimento), mas não ficou satisfeito com o resultado. Em seguida, cortou com o pente 1 (três milímetros), ficando quase careca. Os pedaços de cabelo cortados foram queimados dentro da cela em frente ao Bruno para não serem usados como provas de exames de DNA, segundo a polícia.

Em 2008, Bruno chegou a fazer uma promessa de só cortar o cabelo se o Flamengo fosse campeão brasileiro. O título não veio, ele manteve a promessa no ano seguinte, prometendo ficar mais sem mexer no cabelo até o final da Copa do Brasil. Quando estava com uma cabeleira vasta, desistiu da promessa antes do prazo.

Suspeitos estão no Departamento de Investigações

Bruno e outros sete suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio chegaram, na manhã desta quinta-feira (29), ao Departamento de Investigações (DI), em Belo Horizonte. Ele chegou dentro de uma viatura policial e não foi visto com o cabelo cortado pelas imprensa e outras pessoas que aguardavam na entrada do DI.

Além do goleiro, foram ao DI o amigo dele Luiz Henrique Ferreira Romão (conhecido como Macarrão); a mulher do atleta, Dayanne Souza; o primo de Bruno, Sérgio Rosa Sales; Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; além de Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques e Elenilson Vitor da Silva. Na chegada ao departamento, o delegado Edson Moreira, que preside as investigações, disse que os suspeitos seriam "identificados criminalmente". Moreira não quis dar mais detalhes sobre a presença dos suspeitos no DI.

Policiais fortemente armados participaram da transferência dos suspeitos até o DI
Policiais fortemente armados participaram da transferência dos suspeitos até o DI (Foto: Alex Araújo/Globominas.com)



De acordo com o advogado criminalista Leonardo Isaac, professor de Direito Penal da PUC-Minas, a investigação criminal é feita quando há dúvidas na identificação das pessoas, e ela inclui a coleta de impressões digitais. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Minas Gerais, os suspeitos também seriam submetidos uma nova sessão de fotos.

Ainda pela manhã, a advogada da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG) que acompanha as investigações, Cíntia Ribeiro de Freitas, compareceu ao departamento. Em seguida, a assessoria de imprensa da Polícia Civil mudou a versão do delegado, dizendo que os suspeitos foram responder a um quesionário sobre a "vida pregressa", para fornecer dados  como  nome completo, profissão, se é arrimo de família, estado civil, endereço, se tem emprego, dependentes, e que o procedimento faz parte do processo legal para o indiciamento formal.

Bruno, Macarrão, Bola, Flávio, Wemerson e Elenilson estão presos no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem (MG). Já Sérgio Rosa Sales está preso no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) São Cristóvão, e Dayanne, no Complexo Penitenciário Estêvão Pinto, ambos em Belo Horizonte. Eles estão presos temporariamente e negam participação no crime.

A operação para levar os suspeitos para o DI envolveu nove viaturas e 32 policiais do Comando de Operações Especiais da Polícia Civil de Minas Gerais.

Eliza Samudio está desaparecida desde o início do mês de junho e é considerada morta pela polícia. A jovem teve um relacionamento com o goleiro Bruno, no ano passado, e brigava, na Justiça, pelo reconhecimento da paternidade do filho de cinco meses, que seria do jogador.

Entenda o caso
Nascida em Foz do Iguaçu (PR), Eliza Samudio se mudou para São Paulo e posteriormente para o Rio. Em 2009, teve um relacionamento com o goleiro Bruno, engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010 e, agora, está com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.

A polícia mineira começou a investigar o sumiço de Eliza em 24 de junho, depois de receber denúncias de que uma mulher foi agredida e morta perto do sítio de Bruno. Os delegados já consideram Eliza morta.

Oito pessoas estão presas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por suspeita de envolvimento no desaparecimento da jovem, incluindo Bruno e Macarrão. Todos negam o crime.






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