Mauro compara gestões e faz críticas a grupo governista
Candidato ao de Mato Grosso, o empresário Mauro Mendes (PSB) disse ontem que segundo mandato do governo de Blairo Maggi (PR) não foi bom como o primeiro. O erro, segundo ele, começou com a grande coligação de partidos na eleição 2006, 12 no total. “O governador Silval Barbosa, que tenta a reeleição, segue pelo mesmo caminho, com os mesmos erros”, disse Mendes ontem em entrevista à rádio Cultura.
A coligação Mato Grosso em primeiro lugar, que tem como candidato ao governo Silval Barbosa na eleição que acontece em outubro deste ano tem 11 partidos no arco de aliança: PMDB, PP, PR, PT, PRB, PTN, PSC, PHS, PTC, PRP e PC do B.
“Silval Barbosa tenta começar com os mesmos erros que Maggi começou em 2006. São 11 partidos na coligação dele. É muita gente. E essa gente vai brigar por cargos, e indicações. E essas indicações não levam em consideração a qualidade técnica da pessoa, mas apenas se é ligada a ao político”, disse Mauro Mendes.
Reflexo dessa supercoalizão que Blairo Maggi conseguiu para seu segundo mandato, conforme Mauro Mendes, é o número de cargos comissionados na administração estadual. Ele disse durante a entrevista que no começo do governo Maggi, em 2003, eram aproximadamente 2,5 mil cargos comissionados e que hoje esse número passa de 6 mil. “Esses cargos ficam a disposição de políticos, para que eles indiquem seus afilhados políticos, independente da competência da pessoa”, disse Mauro.
Mauro defende sua candidatura fazendo o contraponto com o número de partidos no seu arco de aliança, apenas quatro: PSB, PDT, PPS e PV. Isso possibilitará uma melhor governabilidade e transparência na gestão.
Ele também acusou que o governo de ficar submisso a Assembleia Legislativa neste mandato e por isso não conseguiu fazer uma boa administração.
Até setembro do ano passado Mauro fazia parte do PR, quando migrou para o PSB para ser candidato ao governo. Na época, muitos integrantes do PR o taxaram como “traíra”, pois foram os republicanos, com o então governador Blairo Maggi, o berço político de Mendes, ajudando-o a chegar ao segundo turno na disputa a prefeitura de Cuiabá, em 2008.
Mendes conta que estava “profundamente insatisfeito” com a postura do partido e algumas práticas do governo, em especial, da Secretaria de Fazenda. “Eu não concordava com o tratamento dado as micro e pequenas empresas, e eu como presidente da Fiemt, não poderia aceitar isso e continuar no mesmo grupo. Eu tive essa coragem porque tenho luz própria, não sou subserviente”, disse Mauro.
Apesar das críticas, ele reconhece que o governo Maggi foi bom. Mas aproveitando que os dois têm o mesmo perfil empresarial. Para o empresário, os outros dois candidatos, Wilson Santos e Silval Barbosa têm perfis parecidos, de legislador e representam a velha política. “Silval Barbosa não representa o lado bom de Maggi, é como os outros. Eu quero representar o lado bom de Maggi”, disse Mendes.
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