Uma análise preliminar de dados, divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (28), aponta que o número de casos graves e de morte causadas pela gripe H1N1 no Brasil caiu entre março e julho, em todas as regiões do País.
Os dados são reunidos de acordo com semanas epidemiológicas. Na semana 10, entre 28 de fevereiro e 6 de março, o país apresentou 79 hospitalizações por conta da doença, o maior número em 2010.
Já na semana 28, de 11 a 17 de julho, não houve nenhum registro de internações ligadas à gripe. O ministério também destaca o mesmo padrão quanto ao número de mortes: 11 na semana entre 21 e 27 de fevereiro e nenhuma entre 4 e 17 de julho.
De acordo com o órgão, os números refletem o impacto da campanha de vacinação realizada no Brasil em 2010, que imunizou 88 milhões de pessoas contra a gripe pandêmica entre 8 de março e 2 de junho.
Durante a campanha, foram vacinadas gestantes, doentes crônicos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, adultos entre 20 a 39 anos, indígenas e trabalhadores de serviços de saúde.
O ministério afirma que os números são parciais. A atualização do banco de dados é feita pelas secretarias estaduais e municipais de saúde.
Orientações da OMS
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, desde julho de 2009, a Organização Mundial da Saúde recomenda evitar a contagem total de casos da gripe H1N1, com o objetivo de fazer os países focarem apenas nos casos considerados graves e nos óbitos em decorrência da doença.
Já em 2010, a restrição na contagem foi aumentada: apenas são contabilizados casos da doença que acarretem hospitalização e mortes.
O exame laboratorial agora é indicado somente de acordo com a análise do médico, com base em critérios clínicos. Como exemplo, se uma gestante chegar ao sistema de saúde com gripe, por precaução, o médico a encaminha para exames específicos para detectar o vírus. Com base nos resultados, remédios como o tamiflu e outros procedimentos são adotados.
Também são investigados casos de surto de gripes localizados ou óbitos, conforme explicou a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde.
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