Abadia Proença, de 36 anos, foi preso no sábado tentando ‘passar’ Saveiro roubada da advogada. Ele foi localizado em sua casa, no Lixeira
Preso suspeito pela morte da advogada Ana
A Polícia Civil prendeu um dos três acusados de envolvimento no assassinato da advogada Ana Antônia da Cunha, de 68 anos, encontrada morta há uma semana em sua casa, no bairro Araés, em Cuiabá. Trata-se de Abadia Paes Proença, de 36 anos, preso sábado à tarde no bairro Lixeira tentando negociar uma picape Saveiro roubada da advogada.
Além do veículo, policiais da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DERRFVA) apreenderam um aparelho de TV e uma geladeira, além de alguns cheques também roubados da vítima e que estavam na república onde Abadia reside. O suspeito foi autuado em flagrante por receptação.
Os produtos apreendidos foram levados para a delegacia. Era a prova que os policiais precisavam para confirmar a participação dele no crime. “Não só os produtos roubados, mas cheques da vítima também foram apreendidos”, observou um policial. Falta apreender vários objetos, além de duas motocicletas.
Com a prisão de Abadia, os policiais querem chegar aos outros dois envolvidos no assassinato. Os três teriam conhecido a advogada há cerca de um mês e um deles ficou de fazer um dreno num muro da casa da advogada. Eles e teriam acesso à casa dela. Nesse ínterim, teriam furtado documentos da vítima e usado em golpes.
“A advogada teria descoberto que um deles tinha passagem pela polícia por estelionato e os bandidos ficaram sabendo disso. É possível que esse seja o motivo do assassinato”, explicou um policial que participa das investigações.
O delegado Silas Caldeira, titular da DERRFVA, deverá solicitar, nos próximos dias, a quebra do sigilo bancário da vítima para saber se os criminosos fizeram alguma movimentação financeira e desfalcaram a conta bancária da advogada. A vítima tinha um rendimento de cerca de R$ 40 mil mensais.
Conforme policiais da DHPP, Ana Antônia tinha quatro contas bancárias - Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que movimentava sempre, Itaú, onde tinha aplicações, e HSBC, com uma conta-poupança. Ela ainda atuava como advogada e era vista com frequência no Tribunal de Justiça, onde buscava informações a respeito dos processos que envolviam seus clientes.
“É sempre complicado saber se houve interferência numa conta quando somente uma pessoa tem acesso a ela, que é o caso dela”, observou o delegado Antônio Carlos Garcia, da DHPP, que iniciou as investigações.
Comentários