Presidente do TJ afirma que aguarda nova contra-proposta para continuar negociando o fim da greve.
Presidente do Tribunal de Justiça diz lamentar continuidade da greve
Após a decisão dos servidores do Poder Judiciário Estadual de Mato Grosso em manter a greve, o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador José Silvério Gomes, disse que lamenta a decisão, apesar dos esforços do TJMT no sentido de contemplar, dentro das possibilidades da gestão, as reivindicações da categoria.
A greve já dura mais de 80 dias e reunidos em assembléia geral nesta segunda-feira (26 de julho), os servidores rechaçaram a proposta final apresentada pelo governador Silval Barbosa em reunião mantida com os desembargadores que compõem o Tribunal Pleno da Instituição, na semana passada.
A proposta tratava do pagamento de créditos relativos à conversão da Unidade Real de Valor (URV) para o Real mediante a concessão de cartas de crédito emitidas em nome dos servidores.
Os servidores deliberaram por aguardar a divulgação do levantamento técnico realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no sistema financeiro do TJMT, que apontará detalhes sobre a existência e o montante de créditos anteriores pendentes de quitação. A inspeção na área financeira do TJMT foi realizada pelo juiz auxiliar da Corregedoria Nacional da Justiça, Friedmann Wendpap no mês de junho.
Quanto ao outro ponto da pauta de reivindicações, a categoria acatou o pagamento de auxílio-alimentação no valor de R$ 400 mensais, mas desde que incluíssem entre os beneficiários os servidores incorporados e os oficiais de justiça. O sindicato propõe o pagamento do auxílio aos oficiais até quando toda a classe fosse contemplada com a elevação funcional para nível superior (Resolução 48 do CNJ).
O presidente do TJMT já realizou cinco reuniões com o governo do Estado para discutir formas de atender às solicitações do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat) e conseguiu avanços que culminaram com o anúncio de uma suplementação orçamentária a ser repassada pelo Poder Executivo ao Judiciário Estadual para ser direcionado ao pagamento do auxílio-alimentação a servidores efetivos.
O desembargador presidente aguardará a nova contraproposta a ser enviada pelo Sinjusmat para o encerramento da paralisação.
Comentários