Segundo a empresa, apesar de terem liberado os reféns, os índios permanecem no local. Na tarde desta segunda, os indígenas se reuniram com representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso e da empresa Águas da Pedra, e informaram que vão preparar uma pauta de reivindicações para desocupar o local.
Na noite desta segunda, de acordo com o líder indígena Aldeci Arara, o grupo se reúne para debater a lista de pedidos. Arara confirmou ao G1 a liberação dos reféns.
Segundo Antônio Carlos Ferreira de Aquino, coordenador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Juína (MT), a obra da hidrelétrica começou há cerca de três anos. "Houve alguma falha no processo de licenciamento e a usina foi construída sobre um cemitério indígena. Os índios vêm negociando um ressarcimento", diz o coordenador.
"Queremos indenização pela construção da hidrelétrica. A obra fica a cerca de 30 km da reserva e causou grande impacto social e cultural na comunidade, sem contar os prejuízos ambientais, porque os animais para caça se afastaram", diz Arara.
Reféns
Cerca de 300 indígenas de pelo menos seis etnias ocuparam o canteiro de obras da hidrelétrica de Dardanelos no domingo. Inicialmente, os índios mantinham cerca de 100 trabalhadores reféns. Segundo Arara, no início da noite de domingo, os operários foram trocados por cinco funcionários que ocupam posições de liderança na empresa responsável pelas obras.
A previsão é de que a hidrelétrica entre em operação em janeiro de 2011.
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