STJ investiga suspeita de compra de sentença e tráfico de influência no Judiciário em Mato Grosso.
Polícia Federal conclui investigações da Operação Asafe
O delegado da Polícia Federal (PF) que presidiu as investigações da Operação Asafe encaminhou hoje, 26, os autos do processo para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.
Com o encaminhamento do processo ao STJ, encerram-se todo os trabalhos previstos para o inquérito judicial em Mato Grosso. O processo corre em segredo de justiça.
Foram produzidas novas provas dos casos apresentados, além do surgimento de novos indícios de crimes. Nas investigações foram ouvidas 60 pessoas e produzidos 68 laudos periciais de análises de contas bancárias e de computadores.
Não houve indiciamentos, pois é um inquérito judicial, diferente das investigações dentro da própria Polícia Federal. O próximo passo é a análise do relatório pelo Ministério Público Federal (MPF), que deve decidir se vai ou não oferecer denúncia.
A operação
A Operação Asafe foi deflagrada em 18 de maio, e levou à prisão de oito pessoas, entre as quais, cinco advogados, além do cumprimento de 30 mandados de busca e apreensão. Os fatos apurados encontram-se sob segredo de justiça e tratam de supostas práticas de exploração de prestígio, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.
A investigação foi determinada pela ministra Fátima Nancy Andrighi, do STJ. A apuração do caso começou há três anos quando a Polícia Federal em Goiás verificou situações que envolviam possível exploração de prestígio em Mato Grosso.
O inquérito judicial que apura o caso foi aberto pela ministra Nancy Andrighi, investiga crimes de exploração de prestígio, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha. A Polícia Federal explicou que o crime de exploração de prestígio é diferente do tráfico de influência, porque não envolve servidor público, mas pessoas ligadas a eles.
Vale lembrar que as investigações respingaram em magistrados que atuavam no Tribunal Regional Eleitoral, que pediram afastamento do cargo. Eles são investigados pelo STJ.
A investigação foi denominada Asafe em referência ao profeta que escreveu o Salmo 82 da Bíblia Sagrada. O texto bíblico fala de tramas, conspiração, e exalta a justiça de Deus.
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