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Internacional
Segunda - 26 de Julho de 2010 às 09:40
Por: Marcia Carmo/de Buenos Aires

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A aprovação na Argentina teria levado a consultas de todo o continente
A aprovação na Argentina teria levado a consultas de todo o continente

A informação foi confirmada à BBCBrasil pela presidente da Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais, Maria Rachid, e pela presidente da Organização Não-Governamental (ONG) La Fulana, Claudia Castro.

A La Fulana reúne as lésbicas e bissexuais argentinas. A Federação concentra 42 entidades de pessoas do mesmo sexo em toda a Argentina.

"Já recebemos consultas de casais do mesmo sexo do Paraguai, da Bolívia, Itália, Inglaterra e também do Brasil", afirmou Rachid.

Segundo ela, não haveria problema para a realização destes casamentos na Argentina, já que a Constituição argentina não impediria casamento de estrangeiros no país.

"Será necessária apenas a confirmação de um endereço de residência na Argentina e pode ser até mesmo de um hotel. Isso não será problema. E foi o que já transmitimos aos que nos procuraram."

Consultas prévias

Ela disse ainda que as consultas começaram assim que o texto foi aprovado no Senado, e antes mesmo de a presidente, Cristina Kirchner, sancionar a lei no dia 20 de julho.

"São necessários oito dias úteis para que a lei entre em vigor e já há casamento marcado para esta data", disse.

Rachid contou ter recebido "pelo menos 200 consultas" nos últimos dias.

Por sua vez, Claudia Castro afirmou ter recebido 22 e-mails, além de "várias ligações" de casais do mesmo sexo do México, Chile, Uruguai e França, entre outros.

Ela disse que não recebeu ligações ou e-mail do Brasil.

Mulheres idosas

"A pergunta que fazem é a mesma. Se podem casar aqui e o que precisam para isso."

Segundo a presidente da La Fulana, entre as que entraram em contato com a ONG estão mulheres idosas.

"São mulheres com mais de 70 anos preocupadas em regularizar a situação. Por causa da idade, elas querem evitar que a companheira, às vezes da vida inteira, não fique sem nada, quando ela morrer", disse Claudia Castro.

Ela contou que muitas, incluindo argentinas, querem formalizar a relação porque têm filhos – de relações anteriores e também se preocupam com o futuro da companheira e das crianças.

Claudia Castro entende que o casamento no papel ajudará as famílias a aceitarem melhor a relação entre as pessoas do mesmo sexo.






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