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MT Eleições 2014
Segunda - 26 de Julho de 2010 às 09:11
Por: Romilson Dourado

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A praticamente dois meses das eleições, Wilson Santos deposita agora todas as esperanças em um recurso impetrado no Tribunal Superior Eleitoral para conseguir o registro de sua candidatura a governador. Ele tentou, mas não conseguiu junto ao TRE-MT derrubar a decisão de primeiro grau sobre reprovação de suas contas da campanha de 2008, quando disputou e se reelegeu prefeito de Cuiabá. O tucano aproveitou o fato do então presidente do TRE, desembargador Evandro Stábile, ter sido acusado de envolvimento em esquema de venda de decisão judicial, assim como Eduardo Jacob, outro membro do Pleno afastado, para colocar o julgamento sob suspeição. De todo modo, o ex-prefeito está com um pé na campanha e outro no Tribunal. Se não conseguir reverter a situação, não poderá ser candidato.

No primeiro debate entre os quatro candidatos a governador neste domingo, pela rádio Difusora de Cáceres, Wilson foi perguntado se já teria sido montado um plano B, com Jayme Campos (DEM) ou Thelma de Oliveira (PSDB) como opção de cabeça-de-chapa, caso venha ficar de fora da disputa. O tucano desconversou sobre eventual substituição. Afirmou estar convicto de que vai conseguir o registro. Disse que a reprovação das contas "é um mistério".

Conta que na primeira instância, o Ministério Público deu parecer favorável à aprovação do balancete financeiro, assim como duas técnicas do TRE e, mesmo assim, foi rejeitada. No Tribunal, declarou Wilson, o relator e hoje presidente do órgão, desembargador Rui Ramos, se manifestou favorável, enquanto Stábile, que presidia o TRE, desempatou, com o voto de minerva. O candidato tucano lembrou que Jacob também havia emitido parecer contra o recurso, ou seja, pela reprovação das contas. Foram constatadas falhas, como conflitos numéricos na prestação de contas e até rasuras em documento.

Segundo Wilson, o TSE vai julgar o seu recurso e acredita que a decisão será reformada. Aproveitou para lembrar que Jacob e Stábile foram afastados do Pleno sob suspeição de envolvimento em negociação de sentença. Por coincidência, ambos estão fora do Tribunal. Já quanto a Rui Ramos, que comanda o processo eleitoral em Mato Grosso, Wilson fez o contrário, sob orientação de sua assessoria jurídica. Rasgou elogios ao desembargador. Atacando ou partindo para elogios, Wilson se vê no olho do furação. Certamente não imaginava que conta reprovada fosse trazer-lhe tanto transtorno jurídico e político.





Fonte: RD News

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