Juntos pela 1ª vez, candidatos trocam acusações e ofensas
O primeiro confronto “frente a frente” entre os quatro candidatos ao governo do Estado, promovido pela Rádio Difusora de Cáceres, foi marcado por ataques e ofensas, principalmente entre o governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB), já que ambos possuem histórico de gestão, diferente de Mauro Mendes (PSB) e Marcos Magno (Psol), que pleiteiam o cargo pela primeira vez. Mendes se mostrou o mais sereno mesmo quando tentaram atacá-lo.
Logo no início do debate, Wilson declarou que a região de Cáceres nunca havia sofrido tanto abandono como nos últimos anos, numa referência à gestão Blairo Maggi (PR), a qual Silval promete dar continuidade. Acusando descaso do governo republicano, ele fez algumas promessas na área da saúde. “Pretendo revitalizar o hospital de Cáceres que foi construído e equipado pelo Dante e hoje está meia-boca”, criticou, exaltando as “benfeitorias” do ex-governador Dante de Oliveira (PSDB), falecido há quatro anos.
Perguntado por Silval acerca das melhorias que propõe na saúde, já que enquanto prefeito de Cuiabá não conseguiu avançar, o candidato tucano elencou os feitos da gestão tucana, como, por exemplo, a implantação dos medicamentos genéricos e a vacina para a terceira idade e disse que a saúde “decolou” no país na época em que José Serra, que hoje concorre a sucessão presidencial, era ministro da Saúde.
Na mesma linha que o adversário Wilson, Silval defendeu as ações do governo Lula e fez um breve comparativo, já que tinha apenas três minutos, com a gestão Fernando Henrique Cardoso. Para ele, enquanto o governo passado havia implantado o programa Luz no Campo em que os moradores da zona rural tinham que pagar para obter luz, Lula conseguiu interligar seis mil famílias no Luz para Todos gratuitamente, que concede energia elétrica gratuitamente.
Apesar de sempre que pode elogiar o antecessor Maggi, quando foi cobrado duramente sobre a viabilização da Zona de Processamento e Exportação (ZPE) de Cáceres, Silval alegou que assumiu o governo há apenas três meses, mas garantiu que vai tirar o projeto do “papel” e concretizá-lo. “Estou há três meses no governo e não há 20 anos”. Garantiu, porém, que, se for reeleito, fará grandes investimentos para que a proposta seja implantada e, com isso, possa gerar empregos a partir das indústrias. O peemedebista reconheceu que a obra ficou parada devido à falta de priorização.
Vergonha
Já o empresário Mauro Mendes (PSB) criticou a falta de atenção para com a educação. Segundo ele, Mato Grosso orgulha a população na área do agronegócio, na qual desponta no cenário nacional e internacional, mas envergonha no quesito educação. Citou, como exemplo, os dados do Índice Nacional de Desenvolvimento da Educação (Ideb) em que o Estado aparece na 22ª colocação com menor rendimento de ensino medido.
Fronteira
Dizendo estar cansado de ouvir que Cáceres é uma fronteira tomada pelo tráfico, o candidato do PSOL, Marcos Magno, disse que projetos visando a inclusão social só aparecem em época de eleição. De acordo com o socialista, não existem propostas voltadas aos menos favorecidos. “Só temos políticas para os grandes latifundiários e empresários”, criticou.
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