Marina Silva compara sua candidatura com uma "pororoca"
A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, comparou hoje sua candidatura com uma "pororoca" que irá mudar o rumo das eleições de outubro.
"Você acha que a pororoca não se forma assim rapidamente quando as águas se juntam? Isso aqui é um encontro de águas, muitas águas das nascentes da boa política desse país", afirmou a candidata verde.
Fenômeno dos rios do Norte e Nordeste, como o ocorrido na foz do Amazonas, a pororoca é um choque de águas com capacidade de modificar leito dos rios.
Marina fez a comparação na manhã de hoje, em São Paulo. Ela se encontrou para um café com Pedro Pongelupe, que propôs o Twitaço ocorrido na última terça-feira, e com jovens que a apoiam.
Pongelupe propôs duas novas datas para twitaços, no Dia da Juventude (12 de agosto) e no Dia da Amazônia (5 de setembro).
Sobre a pesquisa Datafolha, que mostra sua oscilação positiva de 1% --ela aparece com 10% das intenções de voto--, Marina se disse "muito feliz".
"A pesquisa é um momento que está sendo registrado pelos institutos de pesquisa. Existe outro que é registrado pelo mundo real que é a mobilização feita pela sociedade".
Marina lembrou da decepção que teve no passado com pesquisas eleitorais quando, candidata no Acre, era apontada em quarto lugar e terminou o pleito em primeiro. "É possível que essa pororoca tenha se formado no dia, mas acho que não é muito factível", disse.
DEBATES
A candidata verde voltou a reclamar da desistência de seus dois principais adversários --o tucano José Serra e a petista Dilma Rousseff-- de participar do debate planejado por portais da Internet (Terra, IG e Yahoo!) da próxima segunda-feira. Ela afirmou que irá ao evento, transformado numa sabatina.
"Acho que vou levar um "button" com duas cadeirinhas, aqui [apontou para a blusa], vazias".
Marina afirmou ainda que sua principal expectativa é de que aconteçam debates ainda no primeiro turno. "Pelo andar da carruagem, as pessoas não só estão querendo tirar as outras candidaturas de cena, mas estão querendo tirar o eleitor de cena também".
Ela voltou a repetir que há um movimento de "produzir um anonimato eleitoral", com a tentativa de polarizar a campanha entre as candidaturas da situação e oposição e afirmou que seus concorrentes "nem preparados estavam", porque "um apresentou a terceira versão do programa [de governo] e o outro nem apresentou programa".
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