Queixa é mais frequente entre pessoas estressadas, diz especialista
Sete dicas para atenuar a dor no pescoço
A dor no pescoço é vice-campeã de reclamações nos locais de trabalho. A campeã é a dor nas costas. Nos Estados Unidos, por exemplo, pacientes crônicos têm direito a reduzir atividades que possam agravar o quadro e a acomodações apropriadas no ambiente profissional. De acordo com o ortopedista Gilberto Anauate, do Hospital Santa Paula (SP), a dor no pescoço não é causada apenas pela má postura, podendo ser um problema emocional.
“O estresse pode ser o grande vilão da cervicalgia em grande parte dos casos. Os músculos localizados atrás do pescoço têm de estar sempre tensos para suportar a parte de cima do corpo. Quando eles trabalham além da conta, sofrendo contrações constantes de fundo nervoso, a dor é inevitável. Inclusive, pode ser irradiada para os ombros ou ainda resultar em dor de cabeça”, diz o médico.
O ortopedista afirma que, por apresentar grande mobilidade em relação ao restante da coluna, a região cervical está mais sujeita a dores e contraturas musculares devido à friagem e, principalmente, episódios de alta tensão psicológica. Uma vez diagnosticada a raiz do problema, Anauate orienta o paciente a buscar ajuda especializada.
"Cada vez mais surgem recursos terapêuticos que podem amenizar a dor no pescoço. O paciente pode ser orientado a seguir um tratamento à base de anti-inflamatórios e relaxantes musculares, ou mesmo a buscar terapias complementares, como a acupuntura. O ideal é que seja feita uma investigação personalizada”. O médico faz ainda um alerta: “Ninguém pode se acostumar com a dor. Se ela começar a irradiar para os braços, ou se o paciente começar a sentir ‘pinçadas’ no pescoço, é necessário uma investigação diagnóstica mais detalhada”.
O doutor Gilberto Anauate aponta sete dicas para driblar a dor no pescoço:
Nos dias frios, agasalhe-se bem e evite tomar friagem;
Quem trabalha o dia inteiro diante do computador deve fazer pausas para movimentar ombros e pescoço lentamente, por alguns minutos, a cada duas horas. Esse hábito alivia a tensão que normalmente se acumula ao longo do dia;
Quem passa horas no trânsito não pode descuidar do pescoço. Além do cinto de segurança, é importante contar com um encosto de cabeça devidamente ajustado ao corpo, mantendo os braços esticados e as mãos firmes no volante. Não dirija se a dor estiver muito forte;
Massagens suaves com óleos aromáticos ou anti-inflamatórios em gel ou creme também contribuem para aliviar a dor;
Donas-de-casa devem se acostumar com novos hábitos na hora de se abaixar ou suspender objetos. É importante usar mais a força das pernas para abaixar ou se levantar.
É importante praticar regularmente atividades de relaxamento para a mente e o corpo. Isso inclui terapias alternativas, hobbies, ou simplesmente se dar ao luxo de descansar mais;
Usar travesseiro é indicado. Mas a escolha deve recair sobre um modelo que não seja nem muito fino, nem muito grosso. O ideal é dormir de lado e escolher um travesseiro que se encaixe muito bem entre a extremidade do ombro e o início do pescoço.
Fonte: Dr. Gilberto Anauate, médico ortopedista do Hospital Santa Paula (www.santapaula.com.br)
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