Intenção de consumo tem leve queda em julho, diz Fecomercio
A intenção de consumo das famílias paulistanas teve leve queda de 0,7% em julho na comparação com o mês anterior, aponta pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).
O índice ICF (Intenção de Consumo das Famílias), que varia de 0 a 200 pontos, ficou em 136,3 --abaixo de 100 é considerado um patamar de insatisfação e acima desta pontuação, de satisfação das famílias paulistanas.
Para o assessor econômico da Fecomercio, Guilherme Dietze, apesar da queda, o ICF não demonstra preocupação e nem uma tendência de queda. "O patamar do índice geral ainda está muito acima da fronteira, ou seja, as famílias continuam satisfeitas com suas condições financeiras."
De acordo com a Fecomercio, a retração se deve ao fato do "nível geral de preços estar acima do que era previsto, o que impacta o poder de compra".
"As famílias com renda inferior a dez salários mínimos, principalmente, são as que mais sentem as consequências da inflação no orçamento doméstico", diz em nota o Dietze.
Para os paulistanos com essa faixa de renda, houve queda de 1,3% na intenção de consumir, enquanto os que ganham acima de dez salários mínimos a aumentaram em 1,8%.
Entre os indicadores que compõem o ICF, o renda atual teve queda de 3% na comparação julho e junho, com 156,8 pontos. "Com essa redução no poder de compra, diminuiu também a intenção a consumir", afirma Dietze. Também apresentaram quedas o nível de consumo atual (-3% para 106,8 pontos) e perspectivas de consumo (-3,2% para 138 pontos).
Já o item acesso ao crédito teve variação positiva de 2,2%, para 159 pontos, o que demonstra mais facilidade na obtenção de financiamentos. "O aumento da Selic nas últimas reuniões do Copom e a elevação da taxa de juro para a pessoa física parecem não ter impactado as famílias", diz a Fecomercio em nota.
Também evoluiu o item perspectiva profissional, com alta de 4,6% (122,6 pontos). No entanto, o indicador que mede o emprego atual caiu 1,9%, para 137,9 pontos.
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