A Polícia Civil de Cocalinho (923 km a leste de Cuiabá) ainda não tem pistas de três homens que doparam o piloto e furtaram um avião monomotor Piper, modelo Minuano 720. O roubo aconteceu por volta de 10 horas de quarta-feira (14), mas somente ontem chegou ao conhecimento da imprensa da região.
O piloto trabalha para uma empresa da cidade de Confresa, contratada para a prestação de serviços na região de Cocalinho. Ao chegar àquela cidade, onde os contratantes estavam, o piloto (nome não fornecido pela polícia) foi forçado a ingerir um liquido sedativo e depois teve à aeronave furtada. O funcionário foi deixado próximo a uma mata na zona rural de Cocalinho.
De acordo com as investigações feitas pela Polícia Civil, a aeronave levaria os três homens à Vila Rica, no entanto, logo após o pouso em Cocalinho, o piloto foi rendido sob a mira de armas e obrigado a entregar o avião. A vítima só conseguiu recobrar os sentidos cerca de três horas depois, quando foi até uma estrada vicinal em busca de socorro.
Depois de receber atendimento em uma unidade de saúde de Cocalinho, o piloto foi transferido para o hospital municipal de Confresa. Ele apresentava sinais de fraqueza, perda de memória e desidratação por permanecer horas sob o efeito do líquido.
Os policiais de Cocalinho acreditam que a empresa tenha sido vítima de traficantes que queriam levar à aeronave para a Bolívia, onde será usada no transporte de drogas, já que um dos assaltantes demonstrou habilidade ao deixar a pista, pilotando o avião. A empresa proprietária não informou se a aeronave tinha seguro.
O piloto relatou aos policiais que a aeronave tinha pouco combustível, O suficiente para três horas de voo. Seria suficiente para atravessar a fronteira e levá-lo até a Bolívia.
Policiais da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que também investigavam o caso, informaram que deverão esperar o piloto melhorar para obter mais detalhes dos criminosos.
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