Candidato diz que não é analfabeto, mas não convence

Candidato a uma cadeira na Assembleia pelo nanico PMN, o comerciante Juarez Leandro da Silva, o Juarez da Global, teve uma surpresa ao ser taxado de analfabeto. “Na outra eleição, quando concorri a vereador por Várzea Grande, eu era alfabetizado, mas agora virei analfabeto?”, questiona Juarez, que é dono da Global confecções, em Comodoro, mas reside no Parque do Lago, em Várzea Grande. Juarez afirma que sabe ler e escrever e que concluiu o ensino médio em Rio Branco (a 367 km de Cuiabá). Segundo ele, teria ocorrido um erro por parte da coligação "O Povo do Poder", formada por PTB, PSL, PSDC, PRTB, PMN e PT do B, na hora de digitar as informações do candidato. Para tentar reverter a situação na Justiça Eleitoral, o comerciante protocolou uma declaração no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). “Fiz uma declaração escrita com o próprio punho para provar que não sou analfabeto”.

Mesmo assim, Juarez não convenceu o Tribunal. Terá de passar por um teste elaborado pelo procurador eleitoral de Mato Grosso, Thiago Lemos, para provar a legitimidade do documento. Enquanto isso não acontece, ele se diz prejudicado pelo ocorrido. “Posso perder alguns votos. As pessoas que têm preconceito não votarão para mim”, justifica.

Em 2008, Juarez obteve 903 votos na disputa por uma vaga na Câmara de Várzea Grande. Apesar de não ter conquistado a cadeira, ele avalia como positiva a primeira tentativa, já que, teria servido para alavancar sua campanha a deputado estadual. “Quando você deixa de ser candidado a vereador para ser deputado, os seus votos se multiplicam. A experiência que adquiri também me ajudará. Agora sei que mesmo com pouco dinheiro consigo fazer uma boa campanha”, relata o comerciante da coligação "O Povo no Poder” que pretende gastar até R$ 100 mil neste pleito.