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Policia MT
Sexta - 23 de Julho de 2010 às 07:11
Por: Adilson Rosa

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Leonardo Costa/Jornal Diário Regional
Eraldo Carvalho foi preso em Juiz de Fora, onde vivia desde 2004. Crime aconteceu em 1990, contra menina de 11 anos
Eraldo Carvalho foi preso em Juiz de Fora, onde vivia desde 2004. Crime aconteceu em 1990, contra menina de 11 anos

Foragido há duas décadas, o engenheiro civil de Mato Grosso, Eraldo da Costa Carvalho, de 57 anos, condenado por estuprar e matar uma criança em Cuiabá, foi finalmente preso ontem de manhã em Juiz de Fora (MG) por policiais do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).

Na última sexta-feira, ele foi condenado à revelia a 36 anos de prisão pelo estupro e assassinato da menina Elizângela Maria Geraldino, aos 11 anos. O crime ocorreu em 1990, no bairro Santa Cruz.

Segundo o Gaeco, há cerca de um mês, os policiais receberam informações da juíza da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, Mônica Catarina Perri Siqueira, sobre o possível paradeiro do engenheiro. Desde então, vinha desenvolvendo um trabalho de inteligência na tentativa de localizá-lo e prendê-lo, uma vez que ele estava com a prisão preventiva decretada desde 1990, que foi reconfirmada após a condenação.

“Inicialmente, os indícios eram de que ele estaria no Mato Grosso do Sul. Policiais do Gaeco foram ao referido estado e descobriram novas pistas que indicavam que o réu estava em Juiz de Fora”, explicou o coordenador do Grupo Especializado do Ministério Público, Paulo Prado.

Os investigadores do Gaeco chegaram a ir até o Mato Grosso do Sul. Lá, levantaram a informação de que o engenheiro estaria em Juiz de Fora. A descoberta do paradeiro foi facilitada por um pedido protocolado por Eraldo na prefeitura da cidade, requisitando isenção no Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU).

Com o apoio do Gaeco de Minas Gerais, os policiais descobriram onde o engenheiro estava morando e passaram a monitorá-lo. Eraldo foi encontrado em um apartamento de três quartos no tradicional bairro São Benedito, de classe média, mas considerado violento.

Membro da Congregação Evangélica Cristã do Brasil, o engenheiro era freqüentador assíduo do templo e não levantava suspeitas nos vizinhos e fieis da igreja. Estava exercendo a atividade de fotógrafo e sobrevivia com renda de aluguéis de imóveis em Cuiabá. Conforme o Gaeco, pelo menos uma vez por ano ele recebia visita de familiares da capital mato-grossense.

De acordo com informações das autoridades mineiras, não havia mais ninguém no apartamento onde Eraldo foi encontrado, embora no local houvesse três camas – duas de solteiro e uma de casal.

Os policiais do Gaeco chegaram a Juiz de Fora no domingo, data em que começaram a finalizar o plano para capturar Eraldo. Por volta das 5 horas da manhã de ontem, quando saía para comprar pão, o engenheiro foi abordado pelos policiais. Segundo o procurador Paulo Prado, o Gaeco de Minas ajudou nos trabalhos.

Ao ser abordado, ele carregava uma cópia de sua carteira de identidade com o seu nome verdadeiro. Em princípio, negou o crime dizendo que confessara sob tortura.

O Ministério Público explicou que Eraldo mudou-se para Juiz de Fora em 1995, mas vizinhos informaram que, no apartamento onde foi preso, ele vivia desde 2004.

O desembarque de Eraldo em Cuiabá estava marcado para a meia-noite de ontem. Após ser preso, ele ainda foi levado para o Rio de Janeiro, onde foi recebido pelo Gaeco local. Na capital carioca, tomou um voo para Cuiabá.






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