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Cidades/Geral
Quinta - 22 de Julho de 2010 às 18:53

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O juiz de Direito Cristiano dos Santos Fialho, da Comarca de Jauru (463km de Cuiabá), considerou legal a greve dos trabalhadores no ensino público da cidade. A decisão foi publicada no Diário da Justiça de hoje (22). Para a presidente da subsede de Jauru do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Adriana Gonçalves, a decisão legitima a luta da categoria. “Estamos tentando negociar, e não vimos outra alternativa que não fosse a greve”. A categoria está paralisada desde o último dia 30 de junho.

De acordo com ela, os profissionais construíram propostas sensíveis às alegações do prefeito, que utiliza a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para não implementar o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), reivindicação do movimento. “Fizemos um estudo das receitas e despesas da Educação e já constatamos que é possível para a prefeitura pagar aquilo que pedimos. O grande problema é que existem outras categorias de servidores com perdas maiores que também podem exigir reajuste”, explica.

Esta análise demonstra que o impacto causado pela correção nos vencimentos seria de R$ 23 mil na folha de pagamento. “Um valor pequeno se considerarmos que temos cerca de 115 cargos na rede municipal”, complementa Adriana Gonçalves. Após a decisão judicial, os trabalhadores de Jauru acreditam que será possível avançar na luta. “Ontem (21), durante assembleia, recebemos da prefeitura algumas tabelas e já estamos analisando os dados. Ainda acredito em um acordo”, projeta. Além da implantação do PSPN, de acordo com a Lei 11.738/08, os trabalhadores exigem a adequação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) com inclusão dos funcionários de escola.

Ato Público – No dia 14 de julho, os profissionais da rede municipal de ensino de Jauru realizaram ato público na Câmara Municipal. O objetivo foi sensibilizar os vereadores a fim de avançar nas negociações para o fim da greve. O presidente da Casa de Leis, vereador Vilson Ramos da Silva, demonstrou interesse em ajudar na solução do impasse. Em seguida, os manifestantes distribuíram panfletos pela cidade acerca das reivindicações da categoria, que também ganhou o apoio da população.






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