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Quinta - 22 de Julho de 2010 às 18:15
Por: Pollyana Araújo e Julia Munhoz

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Investigado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suposta venda de sentença, o juiz membro do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE), Eduardo Jacob, garantiu, em entrevista ao Olhar Direto, não possuir nenhuma ligação com o esquema que manipulava decisões judiciais e que está provando sua inocência.

Jacob foi afastado do cargo no mês passado até que a ministra do STJ, Nancy Andrighi, conclua o inquérito, assim como o ex-presidente da Corte Eleitoral, Evandro Stábile. O magistrado disse que hoje aguarda a finalização das investigações do STJ, após o recesso do órgão, para então decidir a decisão que irá tomar em sua defesa. “Agora vou aguardar voltar do recesso", se limitou a dizer o juiz eleitoral.

Interrogado pelo juiz auxiliar da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça, Friedmann Wendpap, Jacob disse que a oitiva foi “tranquila” e que, apesar de ter o nome citado nas escutas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal, explicou ao magistrado não ter cometido nenhum tipo de favorecimento à prefeita de Alto Paraguai, Diane Alves (PR), que chegou ao comando da prefeitura graças a decisão que afastou o titular Adair José Alves Moreira do cargo.

Enquanto se mantém afastados, Jacob e Stábile respondem a Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado pelo Corregedor do CNJ, ministro Gilson Dipp. A abertura foi motivada pelas investigações realizadas desde 2007 pela PF, que prendeu nove acusados de envolvimento no esquema durante a Operação Asafe em maio passado. Entre os presos estavam advogados e lobistas que foram soltos após uma semana em prisão temporária.






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