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Sexta - 16 de Agosto de 2013 às 07:47

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Projeto Poço de Carbono Juruena
Projeto Poço de Carbono Juruena
Poder Judiciário conhece experiências socioambientais de JuruenaSistemas agroflorestais serão irrigados como forma de pagamento por serviços ambientaisAgricultores familiares de Juruena visitam Sistemas Agroflorestais implantados na regiãoPrática socioambiental da COOPAVAM é homenageada na capital do paísParceria entre agricultores familiares e indígenas de Mato Grosso é apresentada em intercâmbio


 
Uma equipe do Poder Judiciário de Mato Grosso está em Juruena, no Noroeste de Mato Grosso, para conhecer iniciativas socioambientais da região que possam ser replicadas em assentamentos do estado. O projeto Poço de Carbono Juruena foi uma das experiências visitadas. Fazem parte da equipe a juíza Adriana Sant’Anna Coningham, da Vara Especializada de Direito Agrário, dois defensores públicos e um técnico da Ouvidoria Agrária Nacional, do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA).


 
Desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena, com patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Ambiental, o projeto envolve mais de 260 famílias do município e tem a meta de plantar um milhão e quinhentas mil mudas de espécies frutíferas e florestais nativas da Amazônia para formação de sistemas agroflorestais. Além das mudas, os agricultores recebem orientação técnica, capacitações, insumos e participam de intercâmbios em outras experiências consolidadas na região. 


 
Na terça-feira (13) os representantes do Poder Judiciário conheceram o trabalho de organização social das comunidades envolvidas no projeto, o programa de educação ambiental com as escolas municipais e estaduais do município, desenvolvido em parceria com a Prefeitura, o plantio de espécies nativas em sistemas agroflorestais e a comercialização da produção destas áreas e dos produtos florestais não-madeireiros, como a castanha-do-Brasil. Para Paulo Nunes, coordenador técnico do projeto, esta é uma oportunidade importante para Mato Grosso dar um salto na área socioambiental. “Até pouco havia resistência em se implantar sistemas agroflorestais na Amazônia, mas nós estamos mostrando a viabilidade econômica e ambiental de consorciar espécies numa mesma área”, explica. 


 
Ontem (14) foram visitadas a Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (Coopavam) e a Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia (AMCA), ambas no Assentamento Vale do Amanhecer. As duas entidades somam 170 associados que produzem azeite, farinha, doce, macarrão e biscoitos de castanha do Brasil e que foram premiadas, respectivamente, no Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e no Prêmio de Tecnologias Sociais, promovido pela Fundação Banco do Brasil.


 
Anualmente, a Coopavam e AMCA, adquirem e beneficiam, com apoio do projeto, 300 toneladas de castanha de assentamentos e terras indígenas de oito municípios do noroeste de Mato Grosso e de Rondônia. A producão é comercializada na região para mais de 40 mil pessoas atendidas pela rede de proteção e promoção social e rede pública de ensino.





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