14 ex-deputados querem voltar à AL
Catorze candidatos já passaram pela experiência de ocupar a cadeira de deputado estadual ao menos por uma semana. Eles se juntam agora a outros 278 na briga por espaço no Legislativo mato-grossense, uma média de 12 concorrentes por vaga. Cada deputado ganha quase R$ 12, 5 mil mensais e tem direito a mais R$ 15 mil de verba indenizatória, conta com aproximadamente 30 assessores e controla uma verba de gabinete de R$ 30 mil. O mandato é de quatro anos. Dos atuais, o que mais tempo registra na AL é o presidente José Riva (PP), que tenta o quinto mandato. Ele controla um duodécimo mensal de R$ 18 milhões num Legislativo que tem cerca de 2 mil funcionários.
Entre os ex-deputados que estão de volta ao teste das urnas figuram Emanuel Pinheiro, Zeca D´Ávila e Romoaldo Júnior. Eles atuaram no mesmo grupo e hoje se apresentam em palanques separados. Pinheiro era ligado aos irmãos Júlio e Jayme Campos. No antigo PFL (hoje DEM), disputou e perdeu para prefeito de Cuiabá, passou pelo PDT e hoje está no PR. Depois de sair da Assembleia e se desfiliar do PFL, Romoaldo foi prefeito de Alta Floresta pelo PPS e agora disputa pelo PMDB. Ex-presidente da Federação da Agricultura do Estado (Famato), Zeca ocupou um mandato pelo extinto PFL e aposta todas as fichas nos segmentos do agronegócio para reconquistar o mandato.
Ex-secretário de Estado no governo Dante de Oliveira, Carlos Avalone (PSDB) passou por um longo processo dramático. Primeiro, perdeu nas eleições de 2002 como primeiro-suplente ao Senado na chapa do próprio Dante (já falecido). Em 2006, disputou e amargou suplência de deputado estadual. Mesmo assim, conseguiu estrear na AL graças a um esquema de rodízio com o titular Guilherme Maluf, que virou secretário de Saúde da Capital por um ano. Depois Avalone se viu envolvido em escândalos da época de quando foi coordenador da campanha de Dante ao governo e, no ano passado, acabou preso por uma semana pela Polícia Federal, sob acusação de envolvimento em fraudes nas licitações das obras do PAC em Cuiabá e Várzea Grande. Em meio aos embates jurídicos, o processo foi arquivado, depois do estrago na vida social e política do tucano. Mesmo com essa mancha em sua trajetória política, Avalone entrou no páreo. Investe pesado nos bastidores e na organização da campanha.
A atual legislatura é a que mais apresenta entra-e-sai de suplentes. Foram 18 até agora. Alguns tiveram o privilégio de ocupar cadeira de deputado por mais de dois anos, como foi o caso do petista Alexandre Cesar, que substituiu Ságuas Moraes, então secretário de Educação do Estado. Alexandre concorre de novo à AL. Na lista de ex-deputados e que são candidatos entra o polêmico Francisco da Silva Leite (PTC), de Cáceres. Ele chegou a tomar posse na AL e, cinco dias depois, por causa de brigas internas, o então titular Eliene Lima pediu a vaga de volta.
Carlos Carlão do Nascimento, que "reinava" no governo Dante, época em que foi presidente do Detran e secretário de Educação, está de volta, após passar também pelo comando da Educação da Capital na gestão Wilson Santos. Os vereadores Gilson de Oliveira (PP), de Sinop; Manoel José da Silva, o Branquinho (PR), de Nova Xavantina; e Luizinho Magalhães (PP), de Primavera do Leste, foram deputados por quatro meses e entraram no páreo de novo.
A petista Vera Araújo, que em 2008 foi candidata a vice-prefeita da Capital na chapa de Mauro Mendes e foi derrotada no segundo turno e depois acabou nomeada como secretária-adjunta na Educação, concorre de novo à AL, assim como Walter Rabello, derrotado para prefeito de Cuiabá e que teve o mandato cassado por infidelidade partidária devido ter trocado o PMDB pelo PP. Júnior Chaveiro (PMN), de Barra do Bugres, e Saturnino Masson (PSDB), de Tangará da Serra, completam a lista daqueles que sonham em voltar para a Assembleia, com aval do eleitor.
Quem já ocupou vaga de deputado estadual
e é candidato de novo à vaga na Assembleia
Emanuel Pinheiro (PR)
Alexandre Cesar (PT)
Carlos Avalone (PSDB)
Carlos Carlão (PSDB)
Francisco da Silva (PTC)
Gilson de Oliveira (PP)
Zeca D´Ávila (DEM)
Luizinho Magalhães (PP)
Manoel José da Silva, o Branquinho (PR)
Romoaldo Júnior (PMDB)
Saturnino Masson (PSDB)
Vera Araújo (PT)
Walter Rabello (PP)
Júnior Chaveiro (PMN)
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