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Economia
Quinta - 22 de Julho de 2010 às 08:43
Por: Laís Costa Marques

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Enquanto o preço da carne nobre reduziu até 20% ao longo do primeiro semestre, os cortes de segunda sofreram aumento superior a 20% em Cuiabá e Várzea Grande. De acordo com a média de preços praticada pelas 3 principais redes de supermercados, carnes como filé mignon e picanha registraram queda nos valores. Na outra ponta da tabela, costela e músculo tiveram alta no decorrer dos 6 primeiros meses de 2010. A variação nos preços acaba sendo favorável ao consumidor, que pode escolher o que vai comprar.

O filé, por exemplo, era comercializado em janeiro por uma média R$ 22,26 (kg), 20% a mais do que o preço médio registrado em 9 de julho, de R$ 17,80. A picanha teve queda de 13,6% no mesmo período baixando de R$ 23,92 no primeiro mês do ano para R$ 20,66 atualmente. A costela, em compensação, teve um acréscimo de até 21,9% no preço, que saltou de R$ 5,05 para R$ 6,15 no período. O músculo também aumentou, mas com percentual menor, de 11%, subindo de R$ 7,59 para R$ 8,49 desde o início do ano.

O diretor da Associação dos Supermercados de Mato Grosso (Asmat), Altevir Magalhães aponta 2 fatores como influência. Primeiro o acesso das classes C, D e E que aumentaram suas rendas e consomem mais o produto, mantendo o mercado da carne de segunda aquecido e reduzindo a chances de queda nos preços. Outra situação apontada é a recuo da importação de carnes nobres, pela Europa, deixando excedente no mercado interno. "As pessoas estão comprando mais carne de segunda e o mercado externo comprando menos os cortes nobres. Com isso, reduziu o preço dos cortes mais caros e os mais baratos, por estarem saindo mais, tiveram o preço acrescido".

As exportações, por mais que tenham aumentado, estão concentradas em mercados como China e Rússia, compradores preferenciais de miúdos e cortes de segunda. O analista de mercado, Luís Heraldo Padilha, explica que os aumentos conferidos nos supermercados não podem ser atribuídos ao preço da arroba, isso porque a arroba variou de R$ 63 para R$ 72, em média, nestes 6 meses, não tendo valorização suficiente para recuperação. "O gado melhorou, mas ainda é muito pouco perante aos preços praticados nos supermercados".





Fonte: A Gazeta

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