Nanicos se desentendem por interlocução de campanha

Briga por liderança e poder. Essa foi a explicação do presidente regional do PTN, Baltazar Ulrich, para a celeuma envolvendo líderes dos partidos que compõem a coligação “Mato Grosso para Todos”. Ele que respondia como coordenador da coligação acabou sendo destituído do cargo.

Na manhã de ontem, o presidente estadual do PRP, Rubney Brito, iniciou um movimento pedindo a saída de Baltazar da interlocução do bloco com a aliança encabeçada com o governador Silval Barbosa (PMDB). No período da tarde, a coligação que reúne as siglas PTN, PC do B, PSC, PTC, PT do B, PRT, PRB e PHS, decidiu que o grupo não terá mais interlocutor. “Baltazar não tem jogo de cintura, por isso deixa de ser o coordenador da chapa. Para nos preservar, decidimos que cada presidente falará pela sua legenda. Baltazar falava pelo grupo e não nos repassava nada”, acusou Rubney, assegurando que a mesma decisão foi seguida por unanimidade pelos presidentes das demais legendas.

O candidato a vice-governador Chico Daltro (PP) chegou a participar da reunião como figura de pacificador. Apesar da rusga, o nome do Silval Barbosa é unanimidade. “É uma coisa negativa que vamos ter que enfrentar. Nem que seja sozinho, vou defender a candidatura de Silval”, disse Baltazar, alegando que ainda não havia sido informado da decisão da coligação.

Na tarde de hoje, o governador Silval Barbosa e o vice Chico Daltro se encontram os líderes da coligação para manter os laços partidários. Apesar de serem chamados de “nanicos”, os sete partidos que compõem o grupo foram disputados por todas as coligações que possuem candidatos ao governo, já que somam 26 deputados federais – principal critério de divisão de tempo da propaganda eleitoral gratuita.

O bloco estima gastar cerca de R$ 12,9 milhões na campanha de 64 candidatos a deputado estadual e 10 federais. Para lançar as candidaturas à Câmara, o grupo se aliou o Partido Progressista (PP).

Antes de oficializar as candidaturas junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a coligação tentou emplacar, sem sucesso, Aldo Locatelli (PRP) ao governo e Hélio Titto (PRB) ao Senado.

O PTN e PT do B acabaram saindo do arco de aliança para integrar a chapa encabeçada pelo tucano Wilson Santos (PSDB). Além de Silval Barbosa, a chapa proporcional apóia os candidatos ao senado, Blairo Maggi (PR) e Carlos Abicalil (PT).