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Educação/Vestibular
Quarta - 21 de Julho de 2010 às 15:49
Por: Sergio Luiz Fernandes

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A utilização dos dados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deve ser feita com cautela. A recomendação é do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), orgão do Ministério da Educação (MEC), que organiza o exame.

Essa cautela deve-se a restrições como, por exemplo, ao fato de que o exame é voluntário. Portanto, a quantidade de alunos que optou em participar das provas não representa, necessariamente, o universo de determinada escola. A média da unidade escolar, nesta circunstância, pode ser alterada para mais ou para menos do que é o real.

A metodologia utilizada para a construção das notas do Enem, divulgadas pelo MEC no início da semana, estão presentes numa Nota Técnica divulgada pelo ministério em seu site (www.mec.gov.br).

Para o coordenador de Ensino Médio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Marcos Amado Gonçalves da Silva, outras considerações devem ser feitas em relação a algumas informações já divulgadas sobre os resultados do Enem. Por exemplo, em relação ao desempenho das Redes Privada e Pública. Os dados do Enem apontam para uma larga vantagem das escolas privadas sobre as escolas públicas no país.

Conforme Marcos, em Mato Grosso, por exemplo, os alunos das escoas privadas representam pouco mais do 10% dos estudantes do Ensino Médio, quer seja nas modalidades regular, profissionalizante ou Ensino de Jovens e Adultos (EJA). “Está se comparando alunos das classes média a alta, em menor número, com bom padrão de renda, bom envolvimento familiar e acesso a diversos tipos de recursos, com um grande número de alunos que enfrenta “n” dificuldades para permanecer na escola”, observa.

Ele destaca ainda que, dentre as escolas públicas, são incluídas, com igual peso no índice, as Escolas Indígenas. “E as provas do Enem sequer são feitas na língua maternas destes povos”, esclarece.

Outra dificuldade é que algumas escolas de EJA também não apresentaram bons resultados. Mato Grosso criou diversos centros de EJA recentemente. Nestas escolas está sendo criada uma nova dinâmica, específica para estes alunos. Mas é nelas que se encontra parte de uma clientela que estava afastada do ensino regular e busca sua regularização ou retomada dos estudos e que ocupa todo seu dia no trabalho.

O coordenador informa que, com a divulgação do desempenho do Enem por escolas, a partir deste ano, o MEC está iniciando a construção de um novo parâmetro para a reflexão dos professores, diretores e demais dirigentes educacionais, nos moldes do que já é efeito pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Este índice, há algum tempo, já vem indicando o desempenho do ensino na Educação Básica pela médias das notas nas unidades escolares.






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