Turistas passam "sufoco" para atravessar pontes entre MT e GO
O engarrafamento recorde de carretas e carros nas pontes dos rios Garças e Araguaia revelou uma situação insustentável. “Não há como conviver com uma situação desta” desabafou Maurício Azevedo, morador de Aragarças que chegou a ficar 20 minutos aguardando uma chance para atravessar as pontes. O caos dobrou porque além das carretas, vários carros de fora superlotam as cidades que vivem o festival de praia 2010.
No sábado, dia 17, as filas estavam chegando ao centro de Barra perto do Banco do Brasil e do lado goiano próximo ao colégio Estadual. Dois policiais militares tentavam quase que heroicamente contornar a balburdia que virou o trânsito nos horários de pico, meio-dia e por volta das 18 horas. A confusão aumentou à noite com o procura intensa das pessoas para atravessarem para Aragarças com objetivo de assistir ao show da banda Terra Samba.
No domingo (18), o drama prosseguiu com mais protestos e chiadeira dos motoristas. É comum os turistas hospedarem na Barra e curtirem a praia goiana e retornarem no final da tarde para solo mato-grossense.
Entretanto essa travessia está cada vez mais difícil. A cidade absorve um número estrondoso de mil carretas por dia e sobrecarregando as pontes que foram reformadas em 2007, custando R$ 32 milhões de reais ao governo federal. A obra ficou mal feita e será refeita em agosto do lado esquerdo da ponte do Araguaia.
Uma alternativa paliativa para acúmulo de carretas seria a construção do posto unificado de GO e MT na entrada de Aragarças, entretanto a proposta foi recusada pelo governador Silval Barbosa (PMDB) que entende que a cidade goiana pode virar um paraíso da sonegação fiscal e prejudicar a arrecadação do Estado.
Contudo, o caos somente cessará com a construção do anel viário avaliado em R$ 80 milhões com duas novas pontes e um contorno de 14 km para desviar as carretas do centro de Barra, Pontal e Aragarças. Enquanto isso não acontece, o jeito é agüentar a reclamação com razão dos turistas.
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